la vida no es una frutilla


sábado, 26 de dezembro de 2009

Em 2010, QUERO

menos cupins
menos alergias
menos coceiras
menos perebas
ainda mais leveza
mais-aprender
menos apreender/aprisionar
dançar mais
correr mais
voar mais
brincar mais
treinar mais
mais cuidado
mais delicadeza
menos peso
menos açúcar
uma vida mais saudável
mais atividade
mais trabalho
aconchego
mais praia
mais água salgada no corpo

banho de cachoeira
conhecer mais do brasil
mais presença
menos ódio
menos raiva
menos ressentimento
mais frios na barriga
beber menos álcool
infringir menos leis
mais trocas
compartilhar mais - e mais de perto
ainda mais encontros
problemas que me intriguem
questões que me instiguem
pacientes que me ensinem (e me paguem)
escrever mais
produzir mais
ler mais
impressionar-me com um bom livro
descobrir um baita autor
deslumbrar-me com alguém
encantar alguém
estar mais presente
poder ausentar-me mais
silenciar mais
mais introspecção
sorrir lembranças
menos medo de (se) jogar
menos ciúmes
mais ciuminho
mais mimos
menos espera
menos ansiedade
mais segurança
mais dinheiro
mais ar puro
mais liberdade
menos saudades
mais organização
mais potência
mais coragem
mais convicção
mais querer
mais desejo
mais vida,
ainda mais intensa!

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Sex and the city na vida real XII - revelações até o décimo encontro

Lá pelo oitavo encontro ela ainda não sabia sequer o sobrenome nem o telefone fixo dele, mas sentiu-se com intimidade o bastante para apresentá-lo à família.
- Sábado que vem tem o casamento de uma prima minha. Gostaria que você fosse comigo.
- Ãhnn... neste sábado... sábado... não, neste sábado eu não posso.
- É uma prima distante, não tenho muita relação com ela, mas vai ser um festão: champanhe e totosinho liberados a noite inteira. No litoral.
- ghjsiugiduenjbas... (se engasga)
- A família toda foi convidada. Você pode usar um terno emprestado do meu irmão, se precisar.
- hgfriuhgtbvidjd.

Convenceu-se de que talvez fosse realmente cedo demais para introduzi-lo à família. Teria que ir com calma, afinal, um rapaz desses é pra casar, não se pode jogar fora. Agiria com mais cautela para não botar tudo a perder - a esperança de enfeitar a mão direita com uma aliança e começar os preparativos para o seu próprio casamento de princesa.


No sábado, atrasou-se para a cerimônia religiosa, de maneira que foi direto para o salão de festas onde seria a recepção. Não conhecia o noivo da prima, questão que a intrigava, pois tudo o que escutara sobre a prima nas reuniões de família eram questões referentes à sua obesidade e feiúra. Pensando bem, ela mesma não era lá muito bonita, muito menos magra, deviam dizer o mesmo sobre ela nas reuniões de família do lado de lá. Um telão fixado à parede dos fundos passava uma projeção de fotos dos recém-casados. A prima gorda esquiando com o noivo no Chile, ambos entrouxados de roupas e enrolados em mantas até os olhos. A prima gorda de maiô na beira da praia em Canasvieiras. Finalmente, as duas caras brancas numa daquelas fotos tiradas pelo braço gordo dela esticado à frente, em algum lugar cuja paisagem ficara escondida atrás das bochechas brancas do casal. Sentiu sua pressão baixar. Na foto seguinte, a barriga dele transbordando por cima de uma sunga vermelha. Praia do Cassino. Desmaiou.

Acordou numa maca do pronto-socorro, algumas enfermeiras de avental verde-água circulando à volta, uma estagiária de psicologia vem lhe dar atenção. Na ficha colada ao leito, um diagnóstico nada preciso em relação à causa do desmaio: "emocional". Balbuciou apenas algumas palavras antes de voltar ao sono profundo e abandonar a estagiária de psicologia à sua solidão:

- A sunga vermelha... a sunga que peguei emprestada de meu irmão para irmos à sauna no terceiro encontro... e ele era noivo da prima obesa!

Detalhes (para além do Rei)

Ocupou-se tanto dos detalhes
que esqueceu-se de libertar
do caleidoscópio
as cores e contornos
que da pontinha da asa
da borboleta
queriam voar

E com elas os sonhos...

resultados

Suceeeeeeeeeeeeeeesso na primeira enquete do vida-intensa! OITO leitores responderam à pergunta "E como eles reagem à gravidez da ex?", resultando em empate entre as opções 'b' (ufa, ainda bem que me livrei desse golpe antes) e 'd' (ciúmes/inveja) em 1º lugar, e deixando em segundo lugar a opção 'c' (putz, vou ter que riscar o nome dela da agenda). A outra alternativa, que nem lembro qual era, não foi votada. Esta enquete teve validade zero, pois não tivemos acesso ao sexo dos participantes, sendo impossível definir se os resultados refletem uma opinião masculina, feminina ou genérica. De qualquer maneira, agradeço a participação de todos e espero que mais leitores se prestem a responder a próxima enquete, quando houver (se é que este blog possui mais de 8 leitores).

domingo, 20 de dezembro de 2009

até a pé

e aí chegar em casa domingo de noite e o porteiro:

- boa noite dona maria!
- boa noite
- tá com cara de cansada
- é, tô podre...
- dona maria a senhora tá sem carro?


sim eu to sem carroooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooo
PORRA

Fiestinha tá dando o que falar

E foi então que o Fiestinha desapareceu. Guinchado do Aeroporto Salgado Filho num sábado à noite para um descampado aparentemente nada seguro onde os carros ficam digamos assim jogados no mato, atrás de um portão elétrico que eu consegui abrir manualmente empurrando sozinha, na Avenida dos Estado nº1763. O guincho não tem hora pra trabalhar, os carros removidos pela EPTC não têm hora para ingressar ali, mas para retirar seu veículo, só a partir de 2ª feira, em horário comercial, quando você, cidadão que estacionou em local proibido (ainda que inocentemente, sem atrapalhar ninguém em nada, e com metade do carro ainda dentro da área permitida), será obrigado a pagar DUAS DIÁRIAS de depósito E o GUINCHO. DUAS DIÁRIAS pro seu carro passar o fim de semana em condição de vulnerável insegurança, atrás de muros quebrados e portões frouxos em algum buraco escuro da Avenida dos Estados, onde os funcionários te tratam como cachorro vira-lata como se você não tivesse o direito de reclamar da insegurança do local pois afinal de contas a empresa responsável pela remoção de seu veículo não é a mesma do depósito, e sim instituições públicas como a EPTC e o DETRAN. Indignante é não ter nada a fazer além de esperar a 2ª feira. Onde é que eu reclamo meus direitos, por favor?



RRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRR
AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA
IIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII
VVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVV
AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Fiestinha




O Fiestinha, meu companheiro de guerra, até hoje nunca me deixou na mão. Sempre se superou, atravessando a estradinha de chão alagada na praia da Barrinha com 4 criaturas dentro, atravessando alagamentos no asfalto da Terceira Perimetral, viajando de Barra do Ribeiro a Guaíba pelo lamaçal, desviando da buraqueira das ruas de Porto Alegre, entrando e saindo das mais estreitas balizas, ultrapassando caminhões e manés pelas estradas do sul deste Brasil, carregando isopores e gelos e cervejas e paletas de ovelha para muitas e muitas festas, dando carona pra todo mundo mesmo que isso signifique ir buscar uma lá na zona sul, enfim, o Fiestinha Flex merecia um post neste blog. Tá aí ele, bem campeiro à sombra do taquaral na Fazenda dos Araújo. Flex, mesmo quando o preço do alcool igualou ao da gasolina eu só abastecia ele com alcool. Nunca fiquei na mão nas manhãs de inverno, problema que uma amiga diz ter com seu Palio Flex que tem a mesma idade do Fiestinha. Dia desses fui encher o tanque num posto que não tinha álcool, só gasolina. Então botei a aditivada no Fiestinha, que era o mesmo preço da comum. E aí fique parada na lomba da Quintino esquina Mostardeiros, acelerando e tirando o pé da embreagem, e nada de sair do lugar. Desliguei o ar-condicionado, vai ver era isso, mas de novo, acelerei pra caralho e mal nos mexemos - o meu parceiro Fiestinha conseguiu sair do lugar mais devagar do que uma tartaruga. E no curzamento seguinte, esquina com a Dona Laura, de novo, aquela dificulidade toda pra arrancar lomba acima. A tal da gasolina fez mal pro meu carrinho, tirou-lhe toda a alegria e a potência. Flex, até nisso ele é dos meu: nada de aditivos, nós gostamos é de alcool!



(entendeu, Paulinha, por que o cleriquot no dia da corridinha?)


Posted by Picasa

domingo, 13 de dezembro de 2009

"paciencia es disfrutar la espera"
"impaciência é falta de paz" (ou de sexo)

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

ENQUETE

Inspirada pela postagem recente, "Sex and the city na vida real XI", foi lançada uma ENQUETE (aí à tua direita, ó) neste blog, a respeito da posição masculina (porque o ponto de vista dos posts, vocês sabem, é quase sempre feminino). RESPONDAM, leitores e leitoras, não é preciso se identificar!
Thank you.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Sex and the city na vida real XI - quando o ex já é pai

Lembram daquele episódio em que a Carrie está fugindo pra não dar de cara com o date atual porque ela está desarrumada, e aí dá de cara com Aidan, o ex que ela classifica como seu equivalente da grande Depressão de 29? Não encontrei versão melhor do que esta, dublada em italiano:



Uma mulher "in her thirties" nunca vai receber bem a notícia de que seu ex é ou vai ser pai. Principalmente se ela ainda não teve a chance e ser mãe, se está solteira ou em crise com seu atual namorado - mas mesmo as casadas e apaixonadas se abalam. O ex não precisa ser um Aidan da vida, basta ser ex. Pode ser aquele com quem ela mesma rompeu porque não aguentava mais, pode ser aquele que não chegou a ser namorado oficial, mas os casinhos passageiros tb têm sua importância. Fato é que, mesmo que a gente não tenha mais nenhuma intenção de ter um filho com o cara, o fato de saber que ele terá um filho com ooutra mulher desestabiliza. É um notícia difícl de digerir.
Pensamentos do tipo "estou ficando velha", "preciso casar logo", "vou fazer produção independente, ninguém mais precisa de homem pra ter filho hoje em dia", invadem a cabeça da mulher cujo ex engravidou outra. Nos primeiros momentos após a notícia (ou encontro, no caso da Carrie - a pior maneira de se ficar sabendo), a situação é dramática. Mas, dependendo da situação, a notícia pode ser digerida em algumas semanas, até que ela possa ficar feliz por ele (por ele!), ou ela ficará entalada até a próxima paixão ou até a própria gravidez. Por sorte, quem organiza o chá de fraldas é a futura mamãe com suas amigas.
Acontece que toda mulher tem a fantasia de que sempre terá todos os seus ex aos seus pés, eternos admiradores à sua disposição. E um filho é uma ruptura bem concreta dessa ilusão. Não tão concreta, na visão de alguns homens, mas na visão romântica feminina sim. Portanto, tranquilizem-se, mamães: as ex dos pais dos seus filhos hão respeitar vossa condição e rejeitá-lo quando ele, em crise porque vocês não fazem mais nada além de dar de mamá para seus bebês, vier a procurá-las.

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