la vida no es una frutilla


quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Car(pi)naval



Você me diz que eu te olho profundamente

Desculpa
Tudo o que eu vivi foi profundamente
(Fabro Carpinejar)
Desculpa
Mas não precisava temer o meu olhar
Eu estava de máscara


segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

de vez

e toca aquela música outra vez
e desce na mesma parada
e senta naquela mesinha de sempre
e faz de novo o mesmo pedido
e dobra naquela esquina
e entra naquele edifício
o elevador pára no mesmo andar
e já é domingo outra vez
e já é segunda outra vez
e vai embora de novo
e vai embora de vez.

domingo, 21 de fevereiro de 2010

deixa eu pintar o meu nariz

enquanto eu não escrevo sobre
o carnaval
o rio
os bróco
o mar
a favela
a jardineira
os bifes
porque é tanto...
deixo que alguma música fale por mim.
ou para mim...

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

ATARI

Este fim de semana, graças à avozinha da Xe, que guardou muito bem guardado aquela caixa preta com dois joysticks chamada Atari, e à Xe, que encontrou o troço e instalou na TV da casa da praia, eu joguei Enduro (única fita restante) depois de muuuito tempo! E juntando minha descordenação com o joystick que nem sempre funcionava pra direita, não passei nem da primeira fase. Mas vocês lembram que tinha a neve, a noite, e o pior, neblina de noite? Sinitstro!
E lembra como os fios dos joysticks eram curtinhos? Tem que jogar grudado na tv mesmo - claro, as tvs eram pequenas também...
Uma breve viagem no tempo. Muita emoção! Só faltou a gente jogar taco-bola neste fim de semana de praia no litoral gaúcho.

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

O Beijo.

(-7)

"Toco tu boca, con un dedo toco el borde de tu boca, voy dibujándola como si saliera de mi mano, como si por primera vez tu boca se entreabriera, y me basta cerrar los ojos para deshacerlo todo yrecomenzar, hago nacer cada vez la boca de deseo, la boca que mi mano elige y te dibuja en la cara, una boca elegida entre todas, con soberana libertad elegida por mí para dibujarla con mi mano en tu cara, y que por un azar que no busco comprender coincide exactamente con tu boca que sonríe por debajo de la que mi mano te dibuja.
Me miras, de cerca me miras, cada vez más de cerca y entonces jugamos al cíclope, nos miramos cada vez más de cerca y los ojos se agrandan, se acercan entre sí, se superponen y los cíclopes se miran, respirando confundidos, las bocas se encuentran y luchan tibiamente, mordiéndose con los labios, apoyando apenas la lengua en los dientes, jugando en sus recintos donde un aire pesado va y viene con un perfume viejo y un silencio. Entonces mis manos buscan hundirse en tu pelo, acariciar lentamente la profundidad de tu pelo mientras nos besamos como si tuvieras la boca llena de flores o de peces, de movimientos vivos, de fragancia oscura. Y si nos mordemos el dolor es dulce, y si nos ahogamos en un breve y terrible absorber simultáneo del aliento, esa instantánea muerte es bella. Y hay una sola saliva y un solo sabor a fruta madura, y yo te siento temblar contra mí como una luna en el agua."
(-8)



-Julio Cortázar, algun capítulo de 'Rayuela (O Jogo da Amarelinha)'-

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

eu quero um pouco de peso, um tanto de cobrança, uma encheçãozinha de saco. eu quero um suspiro de queixa que no fundo agradece. quero um sintoma. a obviedade e a monotonia de todo-o-dia. quero hora marcada, quero sair correndo, quero me sentir sufocada. quero obedecer, quero dar ordens, ditar as regras, aceitar as regras, dividir as contas. quero terque atender o telefone. terque chegar tal hora. terque fazer tal coisa. terque ficar em casa naquela noite. quero peso. o sustentável peso do ser.

em nome da sustentável leveza de morar. naquele apê do parquet charmoso, das portas de vidro e da sacadinha.

:

asnetni adiv

intensa.isenta
vi.
uma vida.a vida
imensa.
diversa.conversa.inversa
interna.íntima
vida íntima.minha.tua
pública.
a vida num blog
o blog de uma vida
twits diários
diário.o meu.querido
confessa
conversa
inversa.
diversa.
imensa.
vida
-intensa.

ainda é de mim,
este lugar aqui?
esses textos todos
tolos
que foram.passaram
ficaram.
ainda estou aqui?



w
w
w.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

fantasia

Jardineira

Orlando Silva

Composição: Benedito Lacerda - Humberto Porto

O jardineira por que estas tão triste
Mas o que foi que te aconteceu
Foi a Camélia que caiu do galho
Deu dois suspiros e depois morreu
Foi a Camélia que caiu do galho
Deu dois suspiros e depois morreu

O jardineira por que estas tão triste
Mas o que foi que te aconteceu
Foi a camélia que caiu do galho

Deu dois suspiros e depois morreu

Foi a Camélia que caiu do galho
Deu dois suspiros e depois morreu

Vem jardineira
Vem meu amor
Não fique triste
Que este mundo é todo teu
Tu és muito mais bonita
Que a camélia que morreu

O jardineira por que estas tão triste
Mas o que foi que te aconteceu
Foi a camélia que caiu do galho
Deu dois suspiros e depois morreu
Foi a Camélia que caiu do galho
Deu dois suspiros e depois morreu

Vem jardineira
Vem meu amor
Não fique triste
Que este mundo é todo teu
Tu és muito mais bonita
Que a camélia que morreu


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