la vida no es una frutilla


domingo, 25 de abril de 2010

caixinha de surpresas

Um bebê precisa de 9 meses para ficar pronto. Pronto para vir ao mundo apenas, porém dependente dos adultos para sobreviver. Um bebê tem uma vida inteira pela frente para aprender, aprender, aprender, e um dia - espera-se que já bem velhinho - morrer, sem nunca ter ficado totalmente pronto.
Nunca estamos preparados de verdade. Há sempre espaço para um frio na barriga, um medo, um suspense, pois nada é 100% previsível, nada é 100% certo. Graças ao fator surpresa, insistimos na vida. Insistimos em ter esperança, em tentar outra vez, em aprender o que não imaginávamos ser capazes. As estatísticas e as chances que se danem, há quem sempre vá ao estádio torcer pelo seu time, mesmo que o estádio seja casa do adversário e o adversário seja favorito na mídia.
Ainda bem.
Nesse processo que é a vida, constante construção, cada escolha é cheia de riscos. O caminho mais seguro hoje, pode desmoronar ali adiante. O caminho mais difícil pode se abrir amplamente depois da curva perigosa. Enxergar ou não a luz no fim do túnel é também escolha, chegar ao outro lado depende de esforço e de sorte. Pode um terremoto destruir o túnel, podem as cinzas de um vulcão apagarem as luzes do céu, pode o avião cair, o navio afundar. Mas pode o sol raiar, a chuva cessar, a lua brilhar e alguém sobreviver.
Existe um ponto até onde se pode escolher, um pouquinho antes de a paixão se instalar. É um ponto invisível aos olhos, uma fina e frágil linha que, quando vemos, quase sempre, já cruzamos. Dali em diante, é montanha russa. Cada passo é um voo de asa delta, cada suspiro é pular de para-quedas. Se joga!, diz uma voz interna ou o poema no espelho. Se não, qual a graça de viver?
Se nunca errássemos, não haveria o que aprender. E não era isso o que bebê tinha a fazer de sua vida - um constante surpreender-se e aprender? Não é disso que se trata, afinal, viver?

terça-feira, 13 de abril de 2010

domingo, 4 de abril de 2010

rural

E, depois de 500 quilômetros e mais de 6h viajando de carro, ainda faltando 50km e uma hora e meia para chegar em casa (o trânsito próximo a Porto Alegre intenso, quase parando, sem falar nos dois pedágios em tão curta distância):

Meu pai - Quando chegarmos, vamos tomar uns chopes gelados com aquela pizza gostosa da Bazkaria?
Eu - Pizza, será?
Minha mãe - Estamos cansados, por que não ficamos em casa?
Meu pai - É, podemos pedir aquele rural.
Eu e minha mãe - Rural???
Meu pai - É, rural, aquele bauru.
Minha mãe - Ah, o Bauru Country!

Ah,tá. Bauru Rural, então.

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