la vida no es una frutilla


quinta-feira, 24 de junho de 2010

Sex and the city na vida real XIV - surpresinhas

A Mulher-fatal quis presentear o gato com uma surpresa em seu aniversário. Uma forma de compensar sua ausencia nos ultimos 3meses (antes, passavam no máximo 2 semanas sem ver, até que ela sumiu por um tempo... mas resolveu voltar).
Vestida de lingerie, casacão e botas de cano longo e salto alto, botou uma garrafa de champanhe na bolsa e foi busca-lo em casa. Direto para um bom motel. Ele já entrou no quarto sem folego, nunca a tinha visto tão sensual. Foi com tanta gana pra cima dela que não se deu ao trabalho de desabotoar o casaco, rasgando-o. Aproveitaram intensamente cada minuto das poucas horas que passaram juntos, insaciáveis. Infelizmente não podiam passar toda a noite juntos, ter que ir embora sempre antes do que ele gostaria é característica da Mulher-fatal.
Entram no carro dela na garagem do motel e o carro apaga no meio da ré. Estava dando a primeira ré da manobra de saída da garagem, e o carro apaga. E não arranca mais.
Nunca na vida ficou sem gasolina. Já teve pneu furado, estepe roubado, o carro arrombado, mas o tanque sempre cheio. Mal acendia a luz da reserva e ela já abastecia. Mas esta semana tinha rodad uma distancia maior com a luzinha acesa, e ali estavam, ela seminua sob o casacão rasgado, ele com olheiras de cansaço, na garagem do motel.
Chamaram um taxi que levou gasolina para abastecer. O taxista, um senhor de bastante idade mas que já viu muita coisa bizarra durante suas corridas noturnas, tentou agir com naturalidade. Mas como nada é tão bom que não possa melhorar nem tão ruim que não possa piorar, a luz da garagem do motel pifou e enquanto o gato tentava acende-la a todo custo, ela lembrou que tinha uma lanterna no porta-malas. O senhor taxista não conseguiu esconder o espanto no olhar quando se deparou com o conteúdo do porta-malas: uma grossa coleira de couro com tachões pontudos acompanhada de uma forte corrente com enforcador, um bastão de baseball e uma espécie de corda com bola de borracha na ponta, todos pertencentes a ao cão Rottweiler da Mulher-fatal, mas era o tipo da situação em que melhor ficar quieta do que esboçar qualquer tentativa de explicação, afinal, que credibilidade terá uma mulher seminua de casaco rasgado que ficou sem gasolina na garagem do motel?

terça-feira, 22 de junho de 2010

COPA 2010

agora repete rapidinho:


eu vuvuzelo minha vuvuzela
tu vuvuzelas tua vuvuzela
ela vuvuzela sua vuvuzela
nós vuvuzelamos nossas vuvuzelas
vós vuvuzelais vossas vuvuzelas
elas vuvuzelam suas vuvuzelas


sexta-feira, 18 de junho de 2010

era

antes era como um cubículo hermético e escuro, sem saída e sem comunicação com o mundo exterior. antes, não tinha janela, não tinha dia nem noite, era tudo espera. depois acendeu-se uma luzinha lá adiante, e era possível vê-la por debaixo do vão da porta. não era possível alcançá-la. antes, a luzinha lá adiante mal chegava. e nisso que parecia ser uma porta surgiu uma fechadura, uma pequena fechadura - trancada por fora - que quase deixava trespassar alguma luminosidade outra. mas, mais que a luz, a fechadura deixava entrar esperança. mas as esperanças que entravam pela fechadura não levavam a lugar nenhum, era preciso uma janela, uma saída alternativa, tinha que sair por um lugar diferente daquele pelo qual entrou. então parecia haver lá em cima, perto do teto, uma basculante. uma janelinha basculante fechada, por onde além de alguma luz algum ruído se escutava. já se diferenciava o dia da noite, as manhãs de sol das tardes chuvosas. e os ruídos iam tomando forma, às vezes mar, às vezes vozes, muitas vezes sirenes ou buzinas. cada ruído trazia mais vida. o mundo externo que ia entrando sorrateiramente pela basculante já despertava curiosidade. abriu-se uma janelinha maior, de vidro transparente, e esta não era nada difícil de vencer, bastava coragem ou alguma paciencia. e quando pensou que já estava livre, que tinha vencido todos os obstáculos do cubículo escuro, quando pensou que estar do lado de fora das janelas que lhe conectavam com um recorte de mundo era estar livre, percebeu que no cubículo tinha deixado um pedaço grande de si, pelo qual sentiu enorme nostalgia, mas decidiu seguir adiante mesmo assim. até que uma pergunta no meio do caminho (lá adiante no caminho) plantou sua interrogação gigante querendo interceptar a passagem. dali para adiante todas as noites são de lua nova e todo o sol é ofuscante.

quinta-feira, 3 de junho de 2010

fã clube


Walk Away

Ben Harper

Oooo no
Here comes that sun again
That means another day without you my friend
And it hurts me to look into the mirror at myself
And it hurts even more to have to be with somebody else
And it's so hard to do
And so easy to say
But sometimes
Sometimes
You just have to walk away
Walk away

So many people to love in my life
Why do i worry about one
But you put the happy in my ness
You put the good times into my fun

And it's so hard to do
And so easy to say
Sometimes
Sometimes
You just have to walk away
Walk away
And head for the door

We've tried the goodbyes
So many days
We walk in the same direction
So that we could never stray
They say if you love somebody
Then you have got to set them free
But i would rather be locked to you than live in this pain and misery
They say that time, will make all this go away
But it's time that has taken my tomorrows and turned them into yesterday
And once again that rising sun is a droppin' on down
And once again you my friend are no where to be found

And its so hard to do, and so easy to say
But sometimes
Sometimes
You just have to walk away
Walk away
And head for the door
You just walk away
Walk away
Walk away.....
Just walk on
Walk on
Turn and head for the door....
Walk away

terça-feira, 1 de junho de 2010

Divã II - primeira sessão, primeira paciente

Lucilinda, a Barbie da menina, está dançando Ballet. A estagiária-terapeuta assiste perplexa sem ter ideia do que está acontecendo, quase solta a Barbie que tem na mão, esquecendo-se de que são as personagens-Barbie, e não elas, a menina e a moça, quem importa naquela cena.
- Ai, tia, brinca! - exige indignada a menina de 10 anos.
- Mas o que a Lucélia - nome da Barbie da estagiária-terapeuta, em homenagem à estagiária-terapeuta anterior, Lúcia - está fazendo agora?
- Ah, tia - suspira a menina impaciente - um dia tu aprende a ser psicóloga!



___/

Divã I - sonho caro

- doutora, se a gente sonha uma coisa e não faz o que tá no sonho, a gente vai ser infeliz pra sempre?
- como assim, o que tu sonhaste?
- já faz tempo... sonhei que eu anunciava que tinha decidido X. mas, nunca fiz X. será que se eu tivesse seguido o sonho, eu seria feliz?
- peraí que vou pegar minha bola de cristal... putz! minha bola de cristal tá sem sinal. o jeito é "fale-me mais sobre isso".
e lá se foi a mais longa sessão que já tiveram.
- nossa, doutora, e hoje quando vim pra cá eu não tinha nada pra dizer.

___/

Total de visualizações de página