la vida no es una frutilla


sexta-feira, 23 de março de 2012

livre

queria acreditar no relógio duas horas atrasado do meu computador.queria não ter que levantar quando toca o despertador.como dói o teu silêncio.enlouqueço interpretando cada meia palavra mas não sou boa entendedora.sou uma pobre leitora analfabeta de teus signos.que saudade de quando nos falávamos pelo olhar.eu e ele.não durou muito, é verdade.mas que saudade.um disco arranhado foi o mais próximo de sua poesia que chegamos.e umas fotos antigas.antigamente não tinha tanta opção, era mais fácil.ter escolha é mais difícil.não ter um leque de opções também.vira uma liberdade ilusória.ela me falava de prazos.tinha que sair até janeiro.ou fim de março.prazos.disciplina.setting.e se eu deixasse tudo como está e fosse dormir?queria me permitir.ir.não tem de quê.

quarta-feira, 14 de março de 2012

entra na mente...ou num buraco

Os adolescentes que atendo no programa social onde trabalho pensam que psicólogo é "quem entra na mente do cara".

Um dia um adolescente me perguntou se quando estou afim de alguém eu não consigo entrar na mente dessa pessoa para conseguir o que eu quero. E eu respondi, rindo:

- Não... quando eu estou afim de alguém fico tão nervosa quanto vocês adolescentes ou mais, eu fico boba, nervosa, às vezes até patética.

Aí conversando com uma amiga lembramos que pô,nós não éramos assim patéticas. Nós tivemos as inseguranças normais da adolescência, mas éramos mais espontâneas e menos medrosas a um tempo atrás. Até que nos machucamos. E aprendemos algumas coisas, mas resistimos a entender que na esfera dos sentimentos nunca teremos o controle... e passamos a adotar determinados comportamentos patéticos. E quem consegue ser espontaneo nesse mundo hostil lá fora? Tá todo mundo travado! Ninguém mais se joga, todo mundo quer jogar, mas cada um com suas regras. Só que assim ninguém ganha: todo mundo perde.

#sejoga!

sexta-feira, 9 de março de 2012

Saboreando

E por acaso tem como

escrever, escutar, ler, intervir, pesquisar

Desde um outro lugar

Que nao seja EU?

Como se fosse possível neutralizar-se...

E que sentido haveria em

Escrever, escutar, ler, assistir, pesquisar

Sem se afetar? Sem nenhum investimento afetivo?
(Ou, em freudiano chulo, sem tesão)

Portanto, SINTA, ESCREVA, LEIA, ESCUTE, ASSISTA, INTERVENHA, PESQUISE, AFETE-SE!

Ser blasé não é saber mais. É menos vida.

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