Vida intensa

la vida no es una frutilla


domingo, 28 de setembro de 2014

Tecnologia

Passamos horas trocando mensagens escritas e muitas vezes mal interpretadas através do whatsapp
Eventualmente, uma mensagem de voz que faz rir
Rotineiramente, as conversas telefônicas resolvem questões práticas e também confortam a saudade
Também trocamos fotos, não só pelo whatsapp, mas através de aplicativos como instagram
Mas nos últimos dias, nada matou mais a saudade do que uns poucos segundos no FaceTime, sem pronunciarmos nenhuma palavra. Olhares e caretas expressaram tudo o que tínhamos a dizer
E então me pergunto: pra que palavras, se a linguagem do amor é de outra ordem?

quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Ar

Cada um traz consigo sua história
Na garupa do presente
Mas é preciso deixar de lado o apego ao passado
Para poder seguir em frente

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

sem nome

Achava eu que sabia brincar com as palavras. Ora, bobagem! Elas é que brincam comigo. Agora resolveram as letras se fixar nos quadradinhos do teclado, e não há o que faça delas um verso meu. Talvez não seja tempo de escrever poesia, Maria. Talvez seja tempo de dizer em gestos, olhares, abraços. Às vezes, os versos dão contorno às intensidades que não sabemos nomear. Mas, hoje penso, por que nomeá-las? Certos mistérios há que suportá-los. Certas intensidades há que simplesmente vivê-las.

terça-feira, 1 de outubro de 2013

Mandacaru





quando se joga, só pensa em se jogar
quando se protege, só pensa em se proteger
quando não esquece, só pensa em esquecer
quando desiste, só pensa em desistir
quando persiste, só pensa em persistir
quando resiste, só pensa em resistir
quando se apaixona, só se apaixona.

não pensa mais.


las cuatro fases de la luna



la luna que ilumina mi ventana es la misma luna que brilla en tu terraza. cuando la veo llena, la ves llena. cuando la veo nascer naranja, la ves nascer naranja. esa misma luna me trajo una sonrisa de luna menguante que se quedó alli. la misma sonrisa de luna menguante que llevas en la cara estos días. ironicamente nuestra luna se fue al mismo tiempo. se hizo nueva y me quedé acá con un montón de fueguitos... estrellas que apuntan a infinitos caminos. eligiste el tuyo, me tomé el mio. y a cada luna creciente se llena de alegría el corazón, porque sabe que la llena nos iluminará a nosotros donde sea...


terça-feira, 10 de setembro de 2013

dolor y placer II

sua pele rasgada de cortes dos mais rasos aos mais profundos. a pele frágil das cicatrizes onde o excesso de calor queimou. a força dos músculos que saltam quando levanta os braços. os frágeis cílios que ventam no cerrar e abrir dos olhos. aquele roxo sempre ali. as dores musculares sempre nos mesmos lugares. uma leve lordose. cheiro ou perfume em overdose. o som forte do coração que pulsa. o sorriso que estira a boca, comprime os olhos e enaltece as maçãs do rosto. o corpo que dói quando parado. o corpo que dói quando apertado. o corpo que dói quando sente. saudade.

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

verso do avesso

hoje meu mundo despertou ao contrário
hoje meus olhos enxergaram o avesso das coisas
as palavras que hoje foram ditas
eram sílabas trocadas
hoje acordei sem norte
hoje o sol nasceu no oeste
e os nãos se fizeram sim
e para cada afirmação, um não
me levantei de um tropeço
cabeça abaixo
e no avesso do mundo provei
sabores inéditos
recantos inóspitos
ouvi cantos dos ventos
vi cores de flores no céu
no universo invertido de hoje entendi
que de avessos somos feitos
que de desejos são feitos os versos
inversos

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

a mi buenos aires





a paixão é mesmo brega...
esta minha ultima passagem por buenos aires foi tão boa, que foi difícil vir embora. embriagada de felicidade por ali estar, flutuei por suas ruas com aquele sorriso bobo que entrega, a paixão é brega. por mais distante que os aviões do longo trajeto de volta me levassem, eu insistia em quedarme por allá, e nesse intento escrevi. daquele jeito sem filtro que só a breguice dos apaixonados permite, teci em versos minha declaração de amor pela capital porteña. ficaram tão, mas tão bregas, que nem roberto carlos cantaria meus versos. portanto, em vez de publicá-los, decidi comentá-los.






domingo, 28 de julho de 2013

errantes

vamos errando. errantes nos perdemos e perdidos (nos) descobrimos (o novo). na errância nos distanciamos, e distantes aprendemos o valor do que realmente importa. seguimos errando, porque errar é viver. com sorte, erramos acompanhados. e felizmente, nas descobertas da errância, experimentamos sensações que nos dão a ilusão de que acertamos. e aí seguimos errando naquela direção. sensação bem boa, achar que nos encontramos.


sábado, 27 de julho de 2013

inverno

o vento assovia a canção
que anuncia a chegada
da estação mais fria
um sussurro de inverno

a água da chuva
te levou para longe
e do outro lado do vidro
cada pingo que pousa
é uma lágrima que escorre





sexta-feira, 5 de julho de 2013

Deixa

Uma deixa em tempo
Foi deixada no ar
Era a deixa de agir
Mas deixou passar,
Passou o tempo da deixa
E ela sumiu.
Passou o tempo do ato
E se deixou calar.

domingo, 30 de junho de 2013

paixões



Às vezes a saudade não é de alguém ou de alguma coisa, mas da sensação que causava.
Como a saudade do frio na barriga de uma primeira vez.
A saudade de uma viagem, por exemplo. Voltar ao mesmo lugar não basta, é preciso reviver sensações.
Mas a saudade das primeiras vezes são incuráveis. Não tem como viver algo DE NOVO PELA PRIMEIRA VEZ.
Ou é de NOVO, com sensações novas, ou é inédito. E só a noite de estreia tem sabor de noite de estreia.
E tem coisas que não se vive mais de uma vez na mesma vida. Sorte de quem acredita em outras vidas... é reconfortante pensar que viveremos de novo pela primeira vez o nascimento, o primeiro beijo, o primeiro amor, a primeira vitória, e tudo aquilo que dá uma saudade incurável.
Eu gosto dos filmes que me causam coisas diferentes a cada vez. Gosto dos livros que nunca são o mesmo cada vez que leio. Gosto das viagens que me desacomodam de alguma forma.
E morro de saudade de chegar à beira do Sena pela primeira vez e me dar conta que aquilo tudo era muito mais do que cabia na minha imaginação.


terça-feira, 11 de junho de 2013

Ele tem um olhar tão obscuro e profundo que me captura mesmo quando não cruza com o meu. A crueza com que ele me apresenta a morte me captura. Eu não questiono, exploro. É como um túnel muito muito longo, onde só eu acreditasse que há luz no final. E que o caminho da luz está na escrita. Tiraram a cadeira debaixo de mim, saí do lugar. Despenquei (antes fosse como a Alice no buraco atrás do Coelho, quem dera encontrar um País de Maravilhas ali). Não era mais a respeito dele aquilo tudo...(nunca foi?!) Era de mim que estávamos falando. Por isso o mal estar. Senti no corpo a dor da verdade, aquele silêncio, depois a explosão de raiva. E as minhas palavras? De onde saíram aquelas palavras? Foi o tempo de inspirar e na expiração saiu o ar e todo o resto impensado. Eu não quero saber quais serão as consequencias, imaginei as piores. Escuridão.
Aprender dói.
A letra corta (a pele).
E há quem diga que a salvação está na palavra...

quinta-feira, 18 de abril de 2013

Meta___

Sonhou de novo o sonho em que sonhando lembrava de ja ter sonhado aquele sonho. Tentou em vao lembrar do sonho. A unica coisa que lembrava, era de no sonho lembrar de ja te-lo sonhado e inclusive lembrado de ja te-lo sonhado...

Acordou de novo sem ter sonhado, ou melhor, sem lembrar de haver sonhado. Que sonho tao terrivel seria digno de ser esquecido? Que tanta forca tinha esse sonho, para apagar-se assim tao rapido?

Escreveu de novo sobre as mesmas coisas. De outro jeito, com outras palavras, sob uma nova ótica. Mudando o olhar mudou a escrita, mudou a percepcao das coisas. E percebeu que ja nao era sobre o mesmo que escrevia. Percebeu que ela mesma ja nao era a mesma.

quinta-feira, 4 de abril de 2013

El mundo

Un hombre del pueblo de Neguá, en la costa de Colômbia, pudo subir al alto cielo.
A la vuelta, contó. Dijo que somos un mar de fueguitos.
, El mundo es eso - reveló -. Un montón de gente, un mar de fueguitos.
Cada persona brilla con luz propia entre las demás. No hay dos fuegose iguales.
Hay fuegos grandes y fuegos chicos de todos los colores. Hay gente de fuego sereno, que ni se entera del viento, y gente de fuego loco, que llena el aire de chispas. Algunos fuegos,
fuegos bobos, no alumbran ni queman; pero otros ardem la vida con tantas ganas que no se puede mirarlos sin parpadear, y quien se acerca, se enciende.


Galeano.Abrazos.1.

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