la vida no es una frutilla

quarta-feira, 11 de julho de 2012
terça-feira, 3 de julho de 2012
dor.
Eu quis descrever a minha dor, mas doía tanto que era indescritível.Doía de um jeito tão real que só no corpo para sabê-la. Eu quis mostrar a minha dor, mas ela era invisível. Doía tão grande que transbordava os contornos do corpo. Eu quis gritar a minha dor, mas ela era indizível. Doía tanto que me calava. Eu quis te culpar pela minha dor, mas ela era inalienável. Doía tanto que não importava mais sua origem. Eu quis entender a minha dor, mas ela não era interpretável. Doía tanto que só no ato. Eu quis guardar a minha dor, mas ela era inapreensível. Doía tanto que se ia... Eu quis doer a minha doer, mas ela não era mais minha. Doía tanto que eu a perdi.
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Será que foi ele que escreveu?, ela perguntou. E então respondi, Não sei se é de autoria dele, mas se não for, ainda assim ele sabe escolher muito bem as palavras dos outros. Palavras retorcidas, emprestadas, palavras roubadas, recortadas, rejuntadas. Recortes.
Ele faz origami com as palavras.