fica comigo até não ter mais até
la vida no es una frutilla

sexta-feira, 30 de maio de 2008
Caderno II
SAUDADE
- é necessário deixar que o outro também sinta
- é desencadeada por fatores que lembram alguém ou alguma vivência
- pode fazer rir ou chorar, ou ambos ao mesmo tempo
- também dá aperto no peito
- às vezes o que faz chorar não é sentir falta, mas alguma culpa
- vem e vai
- é um sentimento que às vezes antecipamos
quinta-feira, 29 de maio de 2008
Lingerie

Chove em Porto Alegre. Frio. Saí da Clínica mais cedo porque faltou luz e assim não tem condições de atender paciente nem organizar as pastas nem nada. Sou madrinha de casamento e cunhada da Rafa. Ela convidou para um coquetel na Santo Babado. Mas sabe como é, aquela chuva... Liguei uma vez ela não atendeu. Aluguei um dvd pra assistir em casa, antes do futi (hoje teve Sagrado de novo, ainda bem, já tava com saudades). Eu chegando em casa e a Rafa liga, Tô passando aí. Resultado: ingeri 3976Kcal em docinhos chiquérrimos, nas formas de joaninha, de calcinha, de margaridinha, de coraçãozinho, fora os bombons de chocolate delicadíssimos e cremosíssimos e as 211kcal de champanhe - isso que não bebi muito porque jogar bêbada ia ser fiasco -, e gastei R$216 em lingerie. Não, não fiz um rancho, foi só 1 (um!) soutien e 2 calcinhas. Eu vinha resistindo bem, até a Maria Paula comprar duas peças ma-ra-vi-lho-sas e a Rafa resolver comprar um conjuntinho que eu também achei lin-do. Então resolvi experimentar também, só pra ver como fica... Putz, ficou perfeito. Se tem coisa que eu gosto de comprar é lingerie. Adoro, não me pergunta porquê. Mas então, eu tava dizendo das implicações de ser cunhada e madrinha de casamento. Madrinha de casamento... não, não caiu a ficha ainda. Talvez por isso eu ainda não tenha vestido. Putaquepariu, o vestido! Chove em Porto Alegre. Frio. Quase 2h da madrugada. Deixa o vestido e o dvd pra amanhã.
quarta-feira, 28 de maio de 2008
Silêncio?? Precioso!
- Qual é a legenda desse sorriso? E desse aí, qual é, me diz o que tu pensou pra sorrir assim?
Silêncio, riso, sorrisos.
"Há bem menos mistério e bem mais querer nestes sorrisos do que tu imagina."
- E nessa lágrima - flagrou uma lágrima escapando do olho direito, olhos enternecidos -, que que tá escrito nessa lágrima?
Silêncio, abraço, silêncio, volta pro filme.
"Tem uma técnica que se trabalha em teatro - é das mais difíceis - que consiste em perceber o que a outra pessoa está querendo apenas pelo olhar."
- Vou te dizer uma coisa, olha aqui.
Silêncio, olhar, sorriso, abraço, beijo.
(Sabe aquela cena do filme, aquela que é o clímax da estória? Já notou que ela não tem legenda? tem, no máximo, trilha sonora. Pode ser Frank Sinatra ou Los Hermanos)
Silêncio, riso, sorrisos.
"Há bem menos mistério e bem mais querer nestes sorrisos do que tu imagina."
- E nessa lágrima - flagrou uma lágrima escapando do olho direito, olhos enternecidos -, que que tá escrito nessa lágrima?
Silêncio, abraço, silêncio, volta pro filme.
"Tem uma técnica que se trabalha em teatro - é das mais difíceis - que consiste em perceber o que a outra pessoa está querendo apenas pelo olhar."
- Vou te dizer uma coisa, olha aqui.
Silêncio, olhar, sorriso, abraço, beijo.
(Sabe aquela cena do filme, aquela que é o clímax da estória? Já notou que ela não tem legenda? tem, no máximo, trilha sonora. Pode ser Frank Sinatra ou Los Hermanos)
domingo, 25 de maio de 2008
de manhã
ignorar o despertador. virar pro outro lado. desistir de levantar. repetir "só mais um pouquinho". enquanto o ponteiro dos minutos completa as voltas das horas. esticar o braço por água. matar a sede e dormir. olhos entreabertos testemunhando o clarear do dia.o prazer de dormir dia adentro. ou simplesmente continuar na cama. de manhã escureço. de dia tardo. de noite tem mais. vez em quando é bom permitir-se dormir. ainda que sejam só 4 dias. ainda que o sol convide. fica só mais um pouquinho...
sexta-feira, 23 de maio de 2008
Acorda de ressaca no Rio de Janeiro
constata pelas frestas da veneziana que o dia é ensolarado
levanta, meio tonta, buscar um copo d'água na cozinha
dá bom dia com aquele ar
mais uns minutinhos de cama
mas nem dorme, só pensa praia-céu azul-mar-Rio, Rio, porra!
Mais um dia... cabe tudo num dia
congresso-praia-happy hour-samba-Lapa-Santa-Ipanema
tudo!
E domingo ainda tem Bailinho...
constata pelas frestas da veneziana que o dia é ensolarado
levanta, meio tonta, buscar um copo d'água na cozinha
dá bom dia com aquele ar
mais uns minutinhos de cama
mas nem dorme, só pensa praia-céu azul-mar-Rio, Rio, porra!
Mais um dia... cabe tudo num dia
congresso-praia-happy hour-samba-Lapa-Santa-Ipanema
tudo!
E domingo ainda tem Bailinho...
terça-feira, 20 de maio de 2008
o que quer que seja...
Te dou meu nome
Te desfaz dele
para me chamar apenas do apelido mais íntimo,
daqueles que se cochicha no ouvido
Te dou meu ouvido
para que nele
sussurres teus versos cálidos,
daqueles que me arrepiam os braços
Braços que te ofereço
para receber-te
no mais forte abraço,
daqueles que terminam segurando o rosto...
Te dou meu rosto
para que teu olhar
me atravesse
e tua boca em beijos me cale
Então te ofereço silêncio
para que não se ouça
nada além da tua respiração e da minha
e algum suspiro...
E te dou meu corpo
(ofegante de teu suspiro)
(silenciado de tua boca)
(atravessado de teus olhos)
(acalentado de teu abraço)
(arrepiado de teus versos)
Te desfaz dele
para me chamar apenas do apelido mais íntimo,
daqueles que se cochicha no ouvido
Te dou meu ouvido
para que nele
sussurres teus versos cálidos,
daqueles que me arrepiam os braços
Braços que te ofereço
para receber-te
no mais forte abraço,
daqueles que terminam segurando o rosto...
Te dou meu rosto
para que teu olhar
me atravesse
e tua boca em beijos me cale
Então te ofereço silêncio
para que não se ouça
nada além da tua respiração e da minha
e algum suspiro...
E te dou meu corpo
(ofegante de teu suspiro)
(silenciado de tua boca)
(atravessado de teus olhos)
(acalentado de teu abraço)
(arrepiado de teus versos)
domingo, 18 de maio de 2008
Crônicas I - Paixão Impossível
- das oficinas com o Fabro -
Ela já tinha me visto no bar do térreo na semana anterior, implorando por qualquer coisa que me alimentasse, explicando à atendente meu drama: sair direto dali para jogar futebol. Senti que me olhava disfarçadamente, e espichava a orelha por detrás dos cabelos, no que a flagrei tentando me escutar. Mas nunca imaginei que o interesse fosse tanto, a ponto de ela se inscrever na mesma oficina que eu estava fazendo.
Confesso que quando a vi ali na sala, me deu frio na barriga. Sentir-se desejada por alguém é o primeiro passo para desejar de volta. Fiquei tão nervosa, que nem prestei atenção quando ela se apresentou. Ela fingiu discrição e timidez durante as duas horas de aula, mas eu percebi seus olhares na minha direção, enquanto ajeitava os óculos ou despenteava a franja. E que coisa charmosa aquela franja!
Nunca admiti meu interesse por mulheres, até porque sou segura da minha heterossexualidade, mas sempre tive a frustração de não ser desejada por outra mulher. Até já “fiquei” com uma, mas não conta, era minha amiga e achamos a experiência mais bizarra do que prazerosa.
Na semana seguinte, tentando evitar que a colega lésbica percebesse qualquer interesse da minha parte, fingi não ter notado sua inscrição tardia:
- Ah, tu não estavas na primeira aula?
A cretina usou o mesmo recurso:
- Tu não vieste semana passada, né?
Aquilo me deu muita raiva. Como assim, me paquera e depois finge que não está nem aí, na frente de todos os colegas? Sentir-se desprezada por alguém que antes te desejou é o segundo passo para desejar de volta – e mais ainda. Determinei-me a conquistá-la. Semana que vem, vou de mini-saia. Se bem que, será que o negócio dela é mulher de mini-saia? Quem sabe ela se apaixonou pela Maria-jogadora-de-futebol? Será que ela pensa que eu jogo muito? Mini-saia nada: semana que vem, vou de uniforme e com a bola debaixo do braço.
Ela já tinha me visto no bar do térreo na semana anterior, implorando por qualquer coisa que me alimentasse, explicando à atendente meu drama: sair direto dali para jogar futebol. Senti que me olhava disfarçadamente, e espichava a orelha por detrás dos cabelos, no que a flagrei tentando me escutar. Mas nunca imaginei que o interesse fosse tanto, a ponto de ela se inscrever na mesma oficina que eu estava fazendo.
Confesso que quando a vi ali na sala, me deu frio na barriga. Sentir-se desejada por alguém é o primeiro passo para desejar de volta. Fiquei tão nervosa, que nem prestei atenção quando ela se apresentou. Ela fingiu discrição e timidez durante as duas horas de aula, mas eu percebi seus olhares na minha direção, enquanto ajeitava os óculos ou despenteava a franja. E que coisa charmosa aquela franja!
Nunca admiti meu interesse por mulheres, até porque sou segura da minha heterossexualidade, mas sempre tive a frustração de não ser desejada por outra mulher. Até já “fiquei” com uma, mas não conta, era minha amiga e achamos a experiência mais bizarra do que prazerosa.
Na semana seguinte, tentando evitar que a colega lésbica percebesse qualquer interesse da minha parte, fingi não ter notado sua inscrição tardia:
- Ah, tu não estavas na primeira aula?
A cretina usou o mesmo recurso:
- Tu não vieste semana passada, né?
Aquilo me deu muita raiva. Como assim, me paquera e depois finge que não está nem aí, na frente de todos os colegas? Sentir-se desprezada por alguém que antes te desejou é o segundo passo para desejar de volta – e mais ainda. Determinei-me a conquistá-la. Semana que vem, vou de mini-saia. Se bem que, será que o negócio dela é mulher de mini-saia? Quem sabe ela se apaixonou pela Maria-jogadora-de-futebol? Será que ela pensa que eu jogo muito? Mini-saia nada: semana que vem, vou de uniforme e com a bola debaixo do braço.
sexta-feira, 16 de maio de 2008
medo é coisa de gente grande
Não tinha medo de galopar
Nem nojo de matar barata
Não tinha medo de apaixonar
Nem frescura de não se sujar
Fazia acrobacia sem alongar
Não tinha medo de entrar no mar
Adorava sentar na areia
Pedra com limo, banho de rio
O fundo do açude era gostoso e não gosma
Pegava sapo na mão
Não gostava do amargo do chimarrão
Quando é que eu cresci?
Nem nojo de matar barata
Não tinha medo de apaixonar
Nem frescura de não se sujar
Fazia acrobacia sem alongar
Não tinha medo de entrar no mar
Adorava sentar na areia
Pedra com limo, banho de rio
O fundo do açude era gostoso e não gosma
Pegava sapo na mão
Não gostava do amargo do chimarrão
Quando é que eu cresci?
ALEGRÍA
É pura arte. São arteiros. Poetas do corpo.
E pensar que eu quase deixei de ir...
Eu não me perdoaria se perdesse tal espetáculo!
Quando recebi o convite para ir à estréia, pensei em vender o ingresso comprado para dia 29. Que nada, acho que vou de novo!
Lá estava eu, sentada entre desconhecidos, vidrada no palco (ou seria picadeiro?). De repente, percebo que choro. Eu chorei de rir, também, mas ali era outra coisa... Era uma acrobata de mais ou menos 11 anos de idade transbordando em mim.
Eu fiquei prestando atenção em cada personagem, e imaginando a pessoa por trás da máscara. Fiquei pensando o que faziam da vida antes do cirque, imaginei a rotina deles e toda a disciplina que tem que se ter até que pular de um trapézio a outro ou deixar-se voar em mortais até cair na rede seja pura diversão.
Eu quis postar um video do YouTube aqui pra vocês, mas ainda não aprendi como se faz. Mas assistam ao vivo.
Deixa o circo te tocar!
quarta-feira, 14 de maio de 2008
da Dor...
...
Será que a dor de não ter nada se compara
Na intensidade à dor de quem tudo perdeu?
...
- Márcio Faraco, Ciranda, "A dor na escala Richter" -
(vale a pena conferir letra & música)
Caderno I
O suspiro assopra
um sopro de angústia
pra fora.
um sopro de angústia
pra fora.
terça-feira, 13 de maio de 2008
Saudade pra cachorro!


Barbosa-brincando-no-campo

Barbosa-nadador-campero
segunda-feira, 12 de maio de 2008
O que é, o que é?
Um jogo sem regras
que não se escolhe entrar
não se escolhe sair
não se ganha sozinho
não se perde sem dor
mas todo mundo quer
e todo mundo já jogou
O que é, o que é,
esse jogo que TE JOGA?
que não se escolhe entrar
não se escolhe sair
não se ganha sozinho
não se perde sem dor
mas todo mundo quer
e todo mundo já jogou
O que é, o que é,
esse jogo que TE JOGA?
sexta-feira, 9 de maio de 2008
Putaquepariu!
Putaquepariu, estourou a camisinha! E agora?
Ãhn? Estourou, é? - Ela pergunta distraída, estirada no colchão ainda molhada de suor.
Tá tomando tuas pílula direitinho? Tu toma, né?
Ahan. - E de repente flagra, na imagem refletida no espelho do teto (estavam no motel de sempre), um sorriso escapando em seus lábios. Surpreende-se com a própria serenidade, logo ela, que sempre tomou todas as precauções pra não engravidar de jeito nenhum, que seria capaz de abortar no caso de uma gravidez não-planejada, ela agora pensava que tudo bem se essa camisinha furada lhe desse um filho dele. Imaginou toda a vida da criança e quase sorriu (não queria assustá-lo). Só então se deu conta:
Fudeu. Tô amando.
Ãhn? Estourou, é? - Ela pergunta distraída, estirada no colchão ainda molhada de suor.
Tá tomando tuas pílula direitinho? Tu toma, né?
Ahan. - E de repente flagra, na imagem refletida no espelho do teto (estavam no motel de sempre), um sorriso escapando em seus lábios. Surpreende-se com a própria serenidade, logo ela, que sempre tomou todas as precauções pra não engravidar de jeito nenhum, que seria capaz de abortar no caso de uma gravidez não-planejada, ela agora pensava que tudo bem se essa camisinha furada lhe desse um filho dele. Imaginou toda a vida da criança e quase sorriu (não queria assustá-lo). Só então se deu conta:
Fudeu. Tô amando.
terça-feira, 6 de maio de 2008
Deriva
Pegar um avião pro Rio ou pra Buenos como quem pega o T8 na esquina.
Iria todo domingo de noite pro Bailinho.
Matearia as tardes ensolaradas de sábado na Plaza Francia.
Tomaria chopes na Lapa e
Nas noites de frio, um bom vinho em Palermo.
Não esqueceria do meu porto Alegre, o povinho aqui do RS.
O T8, afinal, passa aqui pertinho de casa.
Iria ver meus cavalos no domingo de manhã.
Reservaria algumas noites pro Beco e outras pro Ocidente.
Mais uns sambas de calor carioca,
Umas milongas elegantemente portenãs,
Um pouco de bossa nova aqui,
Um rockezito ali,
Em clima de verão ou de outono.
Eu iria...
Iria todo domingo de noite pro Bailinho.
Matearia as tardes ensolaradas de sábado na Plaza Francia.
Tomaria chopes na Lapa e
Nas noites de frio, um bom vinho em Palermo.
Não esqueceria do meu porto Alegre, o povinho aqui do RS.
O T8, afinal, passa aqui pertinho de casa.
Iria ver meus cavalos no domingo de manhã.
Reservaria algumas noites pro Beco e outras pro Ocidente.
Mais uns sambas de calor carioca,
Umas milongas elegantemente portenãs,
Um pouco de bossa nova aqui,
Um rockezito ali,
Em clima de verão ou de outono.
Eu iria...
Sagrado Society de Segunda
Eu juro que só agüento a segunda-feira de 8:30 a 20:30h sem parar porque sei que às 22h, aaah, delícia! às 22h tem Sagrado.
domingo, 4 de maio de 2008
Casa nova

Precisava de um lugar pra escrever.
Tentei o Fotolog, mas não funciona, é muito solitário. E não sou do tipo que se expressa por imagens, meu negócio é Letra.
Preciso escrever para não emburrecer.
Escrever para não enlouquecer.
Escrever para desangustiar.
Escrever compulsivamente (mais saudável do que chocolate).
Escrever até cansar...
Bem-vindos ao meu blog. Let's go exploring!
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