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Chegando a Buenos Aires, esta cidade estrangeira que me acolhe com tanto sentimento de pertença, me recusei a entrar na fila do taxi para ir embora do porto e saí caminhando com minha mala de rodinha e minha jaqueta de couro (fazia frio nos bus e no ferry, mas em Buenos Aires me encontrei com o calor que se espera de um verão na Capital) até a parada do meu bus. Senti saudade do meu mochilão, da condição de viajante joooovem aventureira de vinte e poucos anos. Definitivamente, mala de rodrinha e jaqueta de couro patricinha não combinam com aquela caminhada entre grandes avenidas e viadutos nas calçadas vazias de uma metrópole em pleno domingo. De vez em quando passava um ônibus cheio de torcedores do Boca cantando. Liguei o rádio, Boca x Racing, meu coração em conflito. O jogo era na Avellaneda, o Racing o último colocado e o Boca tomando um sufoco. Ora, meu coração é Academia! Aos 49' do segundo tempo o Racing faz o 2o gol e define o placar. Academia 2 x 1 Boca! Por isso que Racing e Gremio se identificam: gostamos de fortes emoções!
Mas minha viagem veio cheia de saudades e nostalgias... Fui embora da praia com desejo de mais praia. Viajei sozinha com desejo de companhia. Logo eu, que tanto gosto de viajar sozinha e tantas vezes fiz esses trajetos surenhos solita! Me acompanhei de wireless e das insistentes indicações de Alice, que me desafiavam a explorar uma Buenos Aires menos familiar, mas cheia de afetos: os sabores preferidos de Chico, os recantos de Palermo que ela mesma descobriu, o sorvete mais tradicional do que o mais famoso, a parrilla conhecida onde nunca comi. Chegar a Buenos Aires no meio de um feriadão, quando a maioria de minhas referencias não está por aqui, é mesmo experimentar-se viajante de primeira viagem. Toda a viagem deveria ter esse ar de primeira vez. Assim como todo o encontro... Deveríamos sempre nos deixar surpreender de novo por cada local e cada pessoa, como nos surpreendem os livros relidos e os filmes revistos...
Que "mais um" seja sempre "um novo"!
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