Chegando ao aeroporto de Ushuaia, que é uma gracinha, morremos de frio só de dar aquela caminhadinha do avião até a sala de embarque/desembarque (ninguém achou que a LADE teria finger, né? E todo mundo sabe que finger é aquele tunel que liga o avião ao aeroporto, né?). Já nesse aeroporto uma confusão, um comissário nos mandou subir uma escada que tinha um sinal de proibido, e entramos na sala de trânsito pela contramão. Ficamos superatentas, nosso vôo atrasou um pouquinho, mas em seguida tudo se resolveu e lá fomos nós, caminhar até a aeronave que nos levaria a El Calafate. Quando a Cris avista o aviãozinho de élice, PAVOR. O equipamento que um dia serviu às Forças Aéreas Argentinas devia ter uns 70 anos de idade, bem como seu comissário de bordo. Por sorte, não vimos a cara do piloto.
Entrando no aviãozinho, que já tinha seus 32 lugares quase lotados, tive que ficar nos primeiros bancos, ou seja, de frente pra todo mundo. Viaje de ré. E sem mesinha. Antes de decolar, nada de instruções de segurança: nossa aeronave não dispunha de máscaras de oxigêncio nem colete salva-vidas. Serviram alfajor e café, e as pessoas à minha frente sensibilizaram-se, deixa que eu seguro teu café enquanto tu abre o alfajor, por favor segura meu alfajor enquanto eu adoço o meu café. Thank you (só tem gringo indo pra Patagônia).
A viagem foi aparentemente longa e barulhenta. Não obstante, consegui dormir um pouquinho. A Cris se hipnotizou com um livro para não pensar no que seria aquela tremedeira toda. O melhor momento foi a preparação para o pouso, quando o comissário de bordo vai conferir pela janelinha se as rodas do avião (que no caso do nosso Fokker ficava sob as asas) obedeceram ao comando do piloto.
Finalmente, chegamos a El Calafate! Sãs e salvas. Nesse aeroporto pequenino ao lado desse lago verde-azulado lindo na fotinho acima. E eu só contaria pra minha mãe sobre esse aviãozinho no final da viagem, quando se Deus quisesse chegasse viva a Buenos Aires. Bueno, acá estoy. E recomendo a LADE. Lá na Patagonia, me disseram até que os aviõezinhos de élice são mais seguros do que os outros. Se bem que na volta... Ah, a volta é outra história.
Um comentário:
tsc.
a maria se faz de fresca, mas a-do-rou esse perrengue. tenho cer-te-za.
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