la vida no es una frutilla


sexta-feira, 9 de novembro de 2012

da solidão de escrever




enquanto penso que escrevo sobre um tema qualquer
escapa-me meu eu por entre as linhas
nas entrelinhas o indizível se inscreve
litoral

na solidão do texto provoca-me a surpresa do entre
solitária tarefa de imprimir letras e descobrir-se
na vertigem entre o literal e o implícito
véu

maldita angústia que me prende
quem dera prender os dedos sedentos pelo teclado
conter o choro que se escapa
real

mas eis que no meu verso
me convoca o silencio de mim mesma
e me acompanha nesta escrita:
eu

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