la vida no es una frutilla


quinta-feira, 18 de abril de 2013

Meta___

Sonhou de novo o sonho em que sonhando lembrava de ja ter sonhado aquele sonho. Tentou em vao lembrar do sonho. A unica coisa que lembrava, era de no sonho lembrar de ja te-lo sonhado e inclusive lembrado de ja te-lo sonhado...

Acordou de novo sem ter sonhado, ou melhor, sem lembrar de haver sonhado. Que sonho tao terrivel seria digno de ser esquecido? Que tanta forca tinha esse sonho, para apagar-se assim tao rapido?

Escreveu de novo sobre as mesmas coisas. De outro jeito, com outras palavras, sob uma nova ótica. Mudando o olhar mudou a escrita, mudou a percepcao das coisas. E percebeu que ja nao era sobre o mesmo que escrevia. Percebeu que ela mesma ja nao era a mesma.

quinta-feira, 4 de abril de 2013

El mundo

Un hombre del pueblo de Neguá, en la costa de Colômbia, pudo subir al alto cielo.
A la vuelta, contó. Dijo que somos un mar de fueguitos.
, El mundo es eso - reveló -. Un montón de gente, un mar de fueguitos.
Cada persona brilla con luz propia entre las demás. No hay dos fuegose iguales.
Hay fuegos grandes y fuegos chicos de todos los colores. Hay gente de fuego sereno, que ni se entera del viento, y gente de fuego loco, que llena el aire de chispas. Algunos fuegos,
fuegos bobos, no alumbran ni queman; pero otros ardem la vida con tantas ganas que no se puede mirarlos sin parpadear, y quien se acerca, se enciende.


Galeano.Abrazos.1.

terça-feira, 2 de abril de 2013

la tortuga y el zorzal

 
 


A grande tartaruga voltou para o mar. Na imensidão solitária da massa infinita de água, naquele mundo que os seres da terra ignoram e por isso jamais compreenderão, a velha tartaruga avança rapidamente com suas nadadeiras - tão inseguras e lentas na areia, tão ágeis e fortes na água. Deixou enterradas na areia as vidas que não viverá. A tartaruga voltará ao litoral para testemunhar suas esperanças romperem a casca do ovo e fracassarem - a maioria delas - no perigoso trajeto pelo terreno infértil do castelo de areia até a liberdade condicional do oceano. Rumo ao fundo do mar, onde a liberdade é só, a tartaruga e suas esperanças nadam desesperadamente, a fim de se afastarem da superfície sufocante, onde o sol penetra intenso, e os seres da terra e do fogo trocam calor entre si. Vagarosa, a tartaruga sem pressa depositava com frieza suas esperanças no solo gelado do amanhecer, enquanto os seres do ar esquentavam ninhos montados com de restos de vida para aquecer suas esperanças, dois a dois.




 

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