la vida no es una frutilla


quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Felicidade.

Cheiro de terra molhada logo quando começa a chuva.
Chuva de verão desprevenida voltando da praia a pé.
Caminhar até a beira da praia.
Ver o sol nascer da janela, sem sair da cama.
Sabor de fruta que se come no pé.
Amoreira na calçada em plena cidade.
Colher bergamota sem descer do cavalo.
Andar a cavalo. Galopar.
Banho de mar em manhã de ressaca.
Porre de champanhe.
Camarões gigantes crocantes.
A primeira lambida no sorvete.
Frio na barriga.
Voar de asa delta no Rio de Janeiro.
A experiência da neve pela primeira vez.
A primeira impressão de Paris, à beira do Sena.
Quando o avião decola.
Grêmio 5x0 Palmeiras.
Ganhar um grenal.
Ganhar um grenal fora de casa.
Banho de cachoeira.
Cheiro de café passando.
Chocolates Lindt.
Dulce de leche.
Dormir até acordar.
Olhar nos olhos.
Sorriso.
Aquelas alegrias bobas.
Suspiro de (fila da) padaria.




terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Não é complicado

Sentiu falta de alguma coisa.


...



Era de alguém.


...



Simples assim, passou.



;)

Aquele olhar de gata assustada

A primeira resposta era não. Em seguida pensou Por que não? Perguntou o inverso em voz alta, Por que diria sim? Não houve insistência verbal, apenas aquele corpo imóvel determinado a insistir com sua atitude. E que corpo! Ignorar já não era opção, náo tinha funcionado. Antes de pronunciar o que seria o último e definitivo redondo não, abriu os olhos. E o coração.

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

da solidão de escrever




enquanto penso que escrevo sobre um tema qualquer
escapa-me meu eu por entre as linhas
nas entrelinhas o indizível se inscreve
litoral

na solidão do texto provoca-me a surpresa do entre
solitária tarefa de imprimir letras e descobrir-se
na vertigem entre o literal e o implícito
véu

maldita angústia que me prende
quem dera prender os dedos sedentos pelo teclado
conter o choro que se escapa
real

mas eis que no meu verso
me convoca o silencio de mim mesma
e me acompanha nesta escrita:
eu

~~~



terça-feira, 30 de outubro de 2012

monotemática



era um castelo sem jardins
uma torre sem janela
era panela vazia de fome
iogurte azedo esquecido
horizonte borrado de nuvens
chuvarada na beira da praia
era seca na lavoura
ratoeira na despensa
tinha cobra no porão
faltava lenha pro fogão
a paisagem mais sem graça
o tempo que não passa
um vazio de inspiração
foram-se as ideias
ficou ela na intenção



__

terça-feira, 16 de outubro de 2012

uh-oh!

Nos dias de rebeldia, desisto de arrumar o cabelo e saio com ele do jeito que tá. E, estranhamente, recebo elogios. Não sei se por misericórdia ou se porque é a rebeldia capilar justamente o que se espera da moça de cabelo curto. 
Tô vivendo um momento de muita autoexigência, autocobrança, me sentindo pressionada por mim mesma. Tracei objetivos ousados para quem tem tão pouco tempo para se dedicar, e ainda dá tanta importância à vida social e ao entretenimento.
Me olhei no espelho agora e vi os cabelos arrepiados, a pele sem maquiagem, a expressão de pavor no couro cabeludo, nos olhos, na pele toda. Não estou conseguindo seguir os passos determinados para o objetivo traçado conforme o planejamento. Tenho um deadline e muitas deadhours de culpa por não estar fazendo aquilo que eu acho que deveria estar fazendo... 
O que tem uma coisa a ver com a outra? 




Os cabelos, eles refletem como me sinto. 


_\|/_

domingo, 23 de setembro de 2012

Ainda somos os mesmos e vivemos...



Eu não sei explicar o que é que me emociona tanto nesta canção. Não sei por quê chorei tanto ao escutá-la na voz de Maria Rita esta noite no auditório Araujo Vianna. Pelo menos eu não era a única louca chorando, a própria Maria Rita teve que parar um tempinho até parar de chorar para poder continuar o show após os aplausos emocionados do público. Viva o rímel à prova d'água! Mas para emocionar mesmo, melhor a intensidade que só Elis, porque Elis, porque em  seu tempo, porque guerreira, porque louca, jovem e equilibrista... 



<3

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

quem dança seus males espanta

Eu sei que as pessoas me consideram extrovertida, sem vergonha e motoramente coordenada. Mas a verdade é que sempre tive vergonha de não saber dançar. E quem disse que dançar é algo que se sabe?, alguem diria, dançar se dança! Mas eu me importo. Acho que é preciso saber dançar, é preciso ter ritmo, então fico tão preocupada em sentir a música que esqueço de ouvi-la. Sempre fico tão tensa por não saber dançar, que não consigo dançar. E se alguém me disser Relaxa, sente a música!, fico tão preocupada em relaxar que só fico mais tensa. Quando criança, certa vez fui com minha prima - hoje bailarina - à aula de ballet. Aqueles 60 minutos de "pliê-sotê" foram a coisa mais chata que já fiz na minha infancia, passei a aula inteira sonhando com saltos mortais e paradas de mão no solo da Sogipa. Ah, como eu amava ginástica olímpica! A partir dos vinte e poucos anos de idade, tentei algumas vezes aprender danças de salão. Destas, o tango sempre foi minha preferida, e por isso lhe dediquei mais tempo, mas não o suficiente para conseguir parar de pensar em parar de se preocupar em fazer certo. E o pior é que eu adoro dançar! Foi então que descobri a dança contemporanea. Aquelas aulas malucas que depois de um longo aquecimento despertando muita consciencia corporal, apagam-se as luzes e a música, e ficamos nós, corpos dançantes, sentindo a chuva entrar por todos os sentidos e movimentando-se de acordo com as memórias do corpo. Dançar sem dois pra lá, dois pra cá. dançar com a alma. conectando-se sim com o espaço e os outros corpos que o ocupam, mas sem necessariamente um conduzir o outro. Sempre saio da aula de dança muito leve, muito feliz, e com tesão. Hoje saí caminhando na chuva depois dessa aula, com um sorriso inexplicável no rosto. E quando a chuva apertou e todo mundo se amontou debaixo de uma marquise, parei por um segundo.. e decidi não esperar a intensidade da chuva diminuir, e simplesmente me fui, caminhado no mesmo ritmo de antes, o sorriso virando risada, sei lá porque. 

E junto com a dança descobri um cantinho do bairro que já é meu. :)


qualquer dia desses.

todos os dias, L. sai de casa em seu carro pelo qual ainda está pagando sem saber se poderá voltar para casa de carro. L. estaciona o carro pelas ruas onde não há parquímetro, não há garagens, quando muito algum flanelinha que quase nunca está porque gasta qualquer trocado em crack. todos os dias, L. tem medo de não encontrar o carro onde o deixou, ou de ser vítima de um assalto.

J. vendeu o carro para adotar um novo estilo de vida. J. anda de bicicleta, a pé ou transporte público. todos os dias, J. sai de casa em sua bici sem saber se voltará para casa sem ferimentos. é perigoso andar de bicicleta nesta cidade sem ciclovias, onde os motoristas não respeitam os ciclistas, que por sua vez não respeitam os pedestres, que por sua vez não respeitam as regras do transito e estranhamente, quando estão dirigindo, não respeitam os pedestres.

C. não tem medo de nada ao sair de casa, porque não tem uma casa. todos os dias, C. preocupa-se em saber se vai chover ou fazer muito frio, porque não é qualquer marquise que segura a chuva nem qualquer beco que protege do frio. talvez C. não sinta o medo porque antes de o medo chegar C. se droga. e muitas vezes C. chegou a roubar para conseguir pagar pela droga. ou por um quartinho de hotel/motel onde dormir.    recentemente, amigos da rua convidaram C. para roubar um carro.

é comum pessoas absolutamente normais e tranquilas descarregarem todo seu estresse no volante. H. é uma dessas pessoas. H. dirige agressivamente, proferindo xingamentos, buzinas e gestos obscenos para motoristas, passageiros, pedestres e ciclistas. H. não acredita que um dia poderá causar um acidente, muito menos ser vítima de um. H. não tem medo do transito.

um dia L. distraiu-se no transito e quase atropelou J., que caiu com a bicicleta por cima de C., que ficou com ferimentos graves nas pernas e no rosto. a bicicleta também sofreu danos graves. Ao desviar, L. bateu o carro e teve despesas altíssimas. a raiva estimulou C. a aceitar o convite dos amigos e assaltar. roubaram o carro de H.


quarta-feira, 5 de setembro de 2012

vinteepoucos



quando a gente tem vinte e poucos anos tudo parece mais simples. não tem mais aquela ansiedade e aquela complicação da adolescencia. tudo é mais simples. aos vinte e poucos a gente tem o mundo ao alcance. de fato, todos nós fizemos aquela viagem aos vinte e poucos. sinto saudades de não ter medo. depois de um tempo algumas coisas vão deixando de ser tão simples, o comprometimento e a responsabilidade aumentam. ter vinte e poucos é estar apaixonado. é quando não se tem vergonha, não se está nem aí. sinto saudades de desconhecer o perigo, de simplesmente acreditar. é a idade da leveza, a idade de apostar e seguir.  aos trinta e poucos a gente tem muito mais ao alcance, mas muito a perder. as consequencias são mais graves. e a gente quer consequencias graves! aos trinta, como é bom ter com o que se preocupar! é a insustentável leveza do ser.  saudades de não ter cabelo branco, de não precisar se maquiar diariamente, de emagrecer muitos quilos em poucos dias, engordar muitos dias em poucos quilos, correr quilometros em poucos minutos, contar os minutos por calorias.  
sinto falta. 
mas, pela pequena amostra de vida balzaquiana que tive até aqui, já tenho tranquilidade em dizer... que se aos vinte e poucos a gente acha tá vivendo o melhor da vida, aos trinta a gente sabe.
e até essa saudade da década que passou é boa.



;)

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Miopia



Chove aquela garoa fria Soprada por um vento forte que encanou na esquina de meus pensamentos. As nuvens se decidem entre o inverno que se despede e a primavera que ja floresceu. A lenha finalmente voltou a incendiar minha telinha preferida, chamas dançantes hipnotizam meu olhar. Só assim descansam os olhos de te buscar na multidão. Difícil encontrar uma voz e um perfume de formas difusas e contornos esquecidos com minha visão míope do mundo. Miopia é melancolia no quotiadiano.




terça-feira, 14 de agosto de 2012

terça-feira, 24 de julho de 2012

coração de papel reciclável

Queria que você lesse meu blog, disse ele, e depois me diga o que achou daquelas minhas palavras torcidas. Torcidas, tortas, trocadas, as palavras são cores de uma infinita aquarela, cada um as mistura como quer. Não sei exatamente o que é "escrever bem", mas sei que um autor surpreende quanto mais autêntica for sua escrita e quanto mais curiosa seja sua maneira de ver o mundo.
Será que foi ele que escreveu?, ela perguntou. E então respondi, Não sei se é de autoria dele, mas se não for, ainda assim ele sabe escolher muito bem as palavras dos outros. Palavras retorcidas, emprestadas, palavras roubadas, recortadas, rejuntadas. Recortes.
Ele faz origami com as palavras.

...hasta que aflojé, me ilusioné, me enamoré. Y él se fué.

quarta-feira, 11 de julho de 2012

26.

dar a cada emoção uma personalidade,
a cada estado da alma uma alma.

...



...

terça-feira, 3 de julho de 2012

dor.

Eu quis descrever a minha dor, mas doía tanto que era indescritível.Doía de um jeito tão real que só no corpo para sabê-la. Eu quis mostrar a minha dor, mas ela era invisível. Doía tão grande que transbordava os contornos do corpo. Eu quis gritar a minha dor, mas ela era indizível. Doía tanto que me calava. Eu quis te culpar pela minha dor, mas ela era inalienável. Doía tanto que não importava mais sua origem. Eu quis entender a minha dor, mas ela não era interpretável. Doía tanto que só no ato. Eu quis guardar a minha dor, mas ela era inapreensível. Doía tanto que se ia... Eu quis doer a minha doer, mas ela não era mais minha. Doía tanto que eu a perdi.



terça-feira, 26 de junho de 2012

Eu, dona de casa VII - fuego

En mi nuevo hogar tengo un hogar...
(em meu novo lar tenho uma lareira)


























O fogo que hipnotiza
que aquece a casa e acalenta o coração
O crepitar da lenha incendiando
que acaricia o corpo
Madeira que vira brasa, brasa que vira cinza, 
ditando um tempo da Natureza
O tempo do fogo se faz o meu tempo, substituindo as aborrecidas 60 voltas que se repetem dando horas aos minutos no reológio do tempo cronológico
A nova regra da casa agora é
Terminou o fogo, é hora de ir pra cama.
O fogo dita meu sono.
Quando as chamas se derretem em brasas é que desacelerei
Como se a fumaça levasse chaminé afora todas as preocupações do meu dia
É só quando a ultima brasa se apaga em cinzas na lareira que anoitece no meu lar

Boa noite.

X


segunda-feira, 18 de junho de 2012

inverno...


Me encanta! Tanta sensibilidade e delicadeza - sim, delicadeza! Lambari genio.



Pra lembrar de ti
Basta a solidão chegar de manso
Nesse rancho onde os mates são de magoa e dor
Eu carrego essa dor porque é só minha
E te entrego toda luz do meu amor
Pra lembrar de ti Ainda guardo o teu cheiro na memória Da nossa historia que aos poucos foi e se perdeu Te espero um rancho com floreira na janela E um beijo terno que guardei pros lábios teus
Pra voltar pra ti Faço teu jogo, aposto tudo seja o que for Ó minha flor, O teu silencio diz bem mais que mil palavras E dos meus olhos chove a dor do meu amor
Pra lembrar de ti É ver o sol nascer por trás dessas coxilhas E as maçanilhas que rebrotam entre os mal me quer Eu te desejo feito lua e madrugada Ó minha amada serei teu se tu quiser
Pra lembrar de ti Cevo outro mate de silencio e solidão Para um coração que já faz tempo que anda vazio Refaço os planos pro inverno que se achega Não quero ver o meu amor morrer de frio
(JaIro Lambari Fernandes - Pra lembrar de ti)

sábado, 16 de junho de 2012

insustentável leveza..

136.

 O peso de sentir! O peso de ter que sentir!

(Fernando Pessoa, Livro do Desassossego)


terça-feira, 12 de junho de 2012

domingo, 10 de junho de 2012

SaudadeS

Extraño a tus mates early in the morning los sabados y domingos cuando me despertaba sola en la cama...extraño tus largas horas lejos de mi, mientras me buscaba el sentido de estar alli. Extraño a tus comidas, las cosas que preparabas mientras yo te miraba cocinar..y no me dejabas ayudar en nada, a no ser servirte el vino. Extraño a matear con vos en el jardin y a tomar sol mientras cuidabas de las plantas. Extraño  tu honestidad. Gracias por tu honestidad. Extraño nuestra simplicidad. Gracias por la simplicidad.
Extraño nuestros largos viajes en auto por la provincia, extrano a mi campo y a los locales donde me llevabas. Extraño el sabor de tus besos, el amargo de tu mate y a las frutas siempre fescas en tu heladera. Extraño tus intentos frustrados de dejar de fumar. Extraño a las notas de tu guitarra, a las canciones de tu radio y tus llamados de nochecita. Extraño amanecer a tu lado, extrano a acostarme en tu cama, a banarme en tu bano y a andar sin ropa por la casa. Extraño las noches de luna llena cuando ibamos a la terraza, tu me mirabas por largos ratos bajo la luz de la luna..como aquella noche cuando nos conocimos, noche de largas miradas y sorprendentes besos! Extraño a tus mensajes en mi ceular, extano los poetas que creiamos ser. Extraño sentir tu corazon accelerado junto a mi cuerpo, escuchar tu voz al telefono, leer a tus palabras. Extraño a cuando llegabas a mi casa con una botella de vino en la mano y una sonrisa en la cara, extrano a tu sonrisa! Extraño.te.

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Trotando no redondel...

Uma das coisas mais impressionantes e emocionantes que já vivenciei foi assistir a uma demonstração de Monty Roberts com um cavalo traumatizado. Foi em Brasilia, em 2010, graças à pilha da Marina, uma das pessoas com quem aprendi e compartilhei a experiência de ajudar cavalos a ajudarem pessoas na recuperação de sua saúde física e mental (Equoterapia).
O primeiro cavalo cuja confiança Monty Roberts conquistou no redondel era um potro chucro, e foi em pouco mais de 20minutos (vinte minutos!) que o ajudante do Mr. Roberts o encilhou e montou com facilidade. Mas o mais impressionante foi um enorme Cavalo Brasileiro de Hipismo, de pelagem preta, adulto, forte, bem criado na cocheira, bem domado e bom competidor, porém traumatizado. Esse cavalo não podia escutar qualquer barulhinho de plástico que perdia a doma. A hipótese de Monty é a associação do barulho do plástico ao barulho de choques, mas não importa, fato é que por alguma razão este cavalo sentia muito medo, e isso impedia de desfrutar da sua maior habilidade - o salto - e colocava em risco seu maior companheiro - o ginete. Era marcante a expressão aterrorizada no olhar daquele enorme animal ao entrar no redondel, e especialmente após o primeiro contato com uma sacolinha de supermercado enrolada na ponta de uma vara que Monty Roberts aproximou de seu lombo. Durante os vinte minutos em que fez o cavalo galopar para um lado e outro no redondel, Monty narrou alguns fatos traumáticos e difíceis de sua própria vida, os quais o ajudaram a se aproximar dos cavalos e compreendê-los. Ao cabo de uns 45 minutos, o cavalo seguia Monty Roberts por sobre uma enorme lona de plástico, com ou sem sacolinhas de supermercado por perto, guiado apenas pela relação de confiança que ali se estabelecera. Confiança mútua, cabe dizer. Porque acredito que um dos segredos do trabalho de doma racional é o domador confiar em seu trabalho, confiar que o cavalo compreenderá sua mensagem e não o colocará em risco. 
O cavalo é um animal sensível e semelhante aos humanos em muitos aspectos. Não à toa tornam-se mais do que amigos leais, por toda uma vida. Quando uma pessoa traumatizada não encontra um Monty Roberts - ou algo que substitua seu método - que a faça recobrar a confiança (em si e nos outros),  deixa de aprimorar suas habilidades e de aprender coisas novas. Coloca a si e aos seus companheiros (mesmo os mais leais) em risco. Deixa de desfrutar da vida, perde a espontaneidade. Perde-se. A exemplo de Monty Roberts, que encontrou em seus traumas a força motriz para desenvolver o seu método, hoje reconhecido mundialmente e transmitido não apenas como uma técnica de doma, mas como filosofia de vida, todos devemos deixar nossos traumas no redondel... e retornar à vida entregando-nos a toda a sua intensidade!








o

quarta-feira, 23 de maio de 2012

às vezes me sinto bem assim..(deixo que falem por mim)






Ronda
de Paulo Vanzolini
por João Gilberto


De noite eu rondo a cidade
A te procurar sem encontrar
No meio de olhares espio em todos os bares
Você não está
Volto pra casa abatida
Desencantada da vida
O sonho alegria me dá
Nele você está
Ah, se eu tivesse quem bem me quisesse
Esse alguém me diria
Desiste, esta busca é inútil
Eu não desistia
Porém, com perfeita paciência
Volto a te buscar
Hei de encontrar
Bebendo com outras mulheres
Rolando um dadinho
Jogando bilhar
E neste dia então
Vai dar na primeira edição
Cena de sangue num bar
Da avenida são joão




http://youtu.be/zipByVXtvaU



sábado, 19 de maio de 2012

súplica

por favor

me esquece.
não me liga mais
não me escreve mais
nem uma palavra

se eu já não me achava
é no teu olhar sagaz
que perco minhas defesas

e em respeito à minha tristeza
por favor me poupa
do teu calor
de todo amor
de toda dor

se quando eu me for
quiseres me acompanhar
não precisa dizer nada
tua presença dirá mais
do que qualquer palavra
qualquer gesto
qualquer beijo

mas eu insisto
por favor não beija
minha boca com teus doces lábios
tua boca uma tentadora armadilha
minha língua ingênua presa
por favor não beija
se for para me deixar

nunca mais

nunca mais.

(assina este poema um coração partido. reconstituído em mil pedaços delicadamente colados. um coração reconstruído e vacinado. temerário de todo e qualquer argumento que amoleça suas pré-ocupações e seus pré-conceitos cristalizados. assina este poema um corpo à beira do abismo. um coração adormecido para a vida. encerra este post uma vida esperançosa de reencontrar nos restos de suas palavras uma intensidade outra. nova. assina este post um grande ponto de interrogação.)


segunda-feira, 14 de maio de 2012

A louca

A gente faz anos de terapia para ter a ilusão de se afastar da loucura. E na primeira oportunidade a louca toma conta de mim e eu nao lembro mais nada do que aprendi sobre autocontrole ou interpretação da louca. 

Medo. Medo de essa louca voltar e me dominar e de novo acabar com tudo de bom que eu construir. Sai pra la, loucaaaa!

Estrada

Sigo pela mesma estrada...

O trajeto é conhecido
Mas o caminho foi povoado
Com o passar da experiencia
O tempo encarregou-se
De embelezar a paisagem

O que vem depois da curva
Eu ja quase conheço
Embora esteja diferente
Dia após dia

Desacelero
"Paciencia es disfrutar la espera"
É apreciar a viagem
Sem destino preciso
E sem pressa de chegar

Procuro o vazio dos buracos
Em vez de tapa-los
Com qualuqer brita
Desrespeito algumas placas
Pelo prazer de surpreender

As árvores à minha volta
Cresceram
Sua sombra é mais consistente
Sua raiz, mais profunda

Seguirei meu caminho
No meu ritmo
Pela faixa da direita
Deixando livre
A faixa ao lado
E o acostamento
Para os mais apressados
Ou para os mais lentos

.

quinta-feira, 3 de maio de 2012

muito amor

meu coração é bem grande e saudável. cabe um monte de gente nele.

.

.
.

.

queria que minha agenda fosse tão grande quanto o meu coração.
.
<3

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Sex and the city na vida real XVIII: reações desproporcionais

Uma das primeiras noites em que as amigas conseguiam tirá-la de casa para ir pra balada desde que se separara. Uma história dessas difíceis de engolir mesmo, o cara surge com uma amante 1 mês depois de terem ido morar juntos. Pra quê ameaçar casar, se já tinha outro esquema armado? Mas lá estava ela se reerguendo da fossa, esforçando-se para alegrar as amigas, até que o moreno alto bonito e sensual se aproxima, e ela se lembra de como era bom estar solteira. A vontade era tanta que entraram na casa dele e nem chegaram até o quarto, se jogaram ali mesmo no sofá. Até que ela vai ao banheiro e se depara com maquiagens, secador de cabelo, shampoos e cremes femininos, e aquela escova de cabelo com uma teia de longos fios ruivos. Ô, por acaso tu divide este apartamento com alguém, tem alguma hóspede na cidade ou..? Sim, com minha esposa, mas ela está viajando esta semana. COMO ASSIM TU É CASADO, PORRA?! Achei que tu soubesse... ACHOU COISA NENHUMA! TU É UM CARA DE PAU, UM CANALHA, COMO É QUE TU TRAZ UMA OUTRA AQUI PRA DENTRO DA CASA DA TUA MULHER, PRA USAR AS COISAS DA TUA MULHER NO BANHEIRO, DEITAR NO SOFÁ ONDE ELA DEITA, TU PERDEU O RESPEITO? IMBECIL! VOU CONTAR PRA ELA QUE TU É UM PORCO! não, pelamordedeus, tu não pode fazer isso, não conta pra minha mulher, desculpa desculpa desculpa. TA PEDINDO DESCULPAS PRA MIM? TEM QUE SE DESCULPAR É COM TUA ESPOSA! SEU CARADEPAU, CANALHA! E SÓ NÃO LIGO PRA TUA MULHER AGORA CONTANDO PORQUE AINDA POSSO FICAR PRA LOUCA DA HISTÓRIA, HUMPF!
ele ficou paralizado no sofá sem entender nada - o olhar fixo no movimento dos seios dela enquanto gesticulava indignada. Não prestou atenção em nada do que ela disse, mas ouviu algo sobre contar pra sua esposa e sentiu medo.

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ela já tinha traído e sabia o difícil que era guardar esse segredo. Sabia o peso da culpa e a intensidade do prazer apimentado pelo proibido. Sustenta a mentira até hoje, dez anos depois, em que nao está mais nem com o ex marido, nem com o amante. Estava em mais um happy hour com os amigos quando o casado da turma, que ja vinha falando da crise do casamento ha varios encontros, confessou: tô comendo outra. Ela deixou que as ponderações, elogios, represálias e a curiosidade alheias falassem por ela. No happy hour seguinte ele declara: contei pra ela. Ela tava desconfiando de mim há horas, começou a me interrogar e eu acabei dizendo que comi outra, sim. Aí não deu mais pra calar. Ela não deixou ninguem mais falar na mesa. COVARDE! COVARDE! POR ISSO QUE EU DIGO QUE HOMEM É TUDO CAGALHÃO MESMO! COVARDE! SE TU COMEU OU NÃO COMEU A OUTRA O PROBLEMA É TEU! SE O CASAMENTO TAVA EM CRISE QUE ENCARASSE A CRISE! COVARDE! FICOU CULPADO E RESOLVEU JOGAR A CULPA PRA ELA! ele tentou continuar em vão. Foi bom falar, foi a melhor coisa que eu fiz, estava precisando mesmo, me aliviou ter falado. CLARO QUE SIM, COVARDE! JOGOU PRA ELA A RESPONSA! AGORA OU ELA TE DÁ O AVAL PRA TRAIR PERDOANDO E PEDINDO PRA VOLTAR, AINDA TE PEDINDO DESCULPAS PORQUE AGORA CULPADA ESTÁ ELA, OU ELA TEM QUE ENCARAR A DURA TAREFA E A RESPONSABILIDADE PELO FIM DI RELACIONAMENTO, E O HOMEM CAGALHÃO MAIS UMA VEZ NÃO PRECISA TOMAR NENHUMA ATITUDE, SÓ PRECISOU FAZER A MERDA E JOGAR A MERDA NO VENTILADOR. COMO SEMPRE QUEM VAI TER QUE LIMPAR É A MULHER, QUEM DECIDE É A MULHER, SEU COVARDE! ninguém na mesa entendendo a reação desproporcional até que ela desabafa, Voces nao imaginam o dificil que é sustentar uma mentira e carregar uma culpa por mais de dez anos....
Ah bom, eles pensam, cutucados pela curiosidade - quem teria ela traído, e com quem?
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Eram amigos, mas sempre que se cruzavam no Carnaval, se beijavam. Eventualmente, continuavam o carnaval na cama de um ou outro. Até que resolveram sair on a date como fazem os casais normais. Ele ficou de ligar pra ela para confirmarem horario e local do encontro. E já eram seis horas passadas (da tarde). Logo ja eram sete, oito, nove... Quando deu nove e meia ela ligou. VEM CÁÁÁ O QUE QUE TU TÁ PENSANDO?!?PENSA QUE EU SOU O QUÊ?! TU NAO TEM EDUCAÇÃO?! POR QUE TU NÃO ME LIGOU, PORRA? oi quem é ah oi é tu oi linda desculpa nossa é que deu um problema no trabalho estávamos em reunião até agora estou podre na real e se nós... NÓS NADA, PORRA! PENSA QUE EU SOU O QUE PRA ME IGNORAR DESSE JEITO? NÃO É MAIS NEM PROBLEMA DE RELACIONAMENTO TU LIGAR OU NÃO LIGAR, FATO É QUE COMBINOU UMA COISA, MARCOU UM COMPROMISSO E NÃO HONROU! ISSO É FALTA DE EDUCAÇÃO! [silêncio. Choro. ...pausa dramática] ATÉ TU, PORRA, ATÉ TU... mas linda, a reuniao, o problema nao foi clpa minha... MAS ME DEIXAR ESPERANDO FOI CULPA TUA SIM! PODIA TER AVISADO, POR EDUCAÇÃO! PORRA! ta certo desculpa....SEU IMBECIL CRETINO CANALHA MAL EDUCADO! daqui a pouco ela se da conta e continua E EU TO TE XINGANDO, NAO SÓ POR NAO TER ME LIGADO HOJE, MAS POR TODOS OS HOMENS QUE JA PROMETERAM LIGAR, PRA MIM E PRÁS MINHAS AMIGAS, E QUE NAO LIGARAM! TU VAI OUVIR, SIM, DESGRAÇADO, POR HOJE E POR TODAS AS VEZES QUE EU OU ALGUMA AMIGA FICAMOS ESPERANDO UMA LIGAÇÃO E FICAMOS NO VAZIO, SEM NOTÍCIA! PORQUE ERA ISSO QUE TUA IA FAZER, NÉ, IA PRA CASA DORMIR E ME DEIXAR ESPERANDO ATÉ AMANHÃ OU ATÉ O PRÓXIMO CARNAVAL, NÃO É? calma gata desculpa vamos sair amanhã? NÃO! SE É PARA ME ENCONTRAR COM CARAS QUE NEM TU QUE PROMETEM LIGAR E DEIXAM ESPERANDO, PREFIRO FICAR SOZINHA.PENSEI QUE TU NÃO ERA DESSES, MAS HOMEM É TUDO IGUAL MESMO.
E sozinha permanece, até hoje, porque sempre chegava o dia em que os caras prometiam ligar e não ligavam...


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sexta-feira, 23 de março de 2012

livre

queria acreditar no relógio duas horas atrasado do meu computador.queria não ter que levantar quando toca o despertador.como dói o teu silêncio.enlouqueço interpretando cada meia palavra mas não sou boa entendedora.sou uma pobre leitora analfabeta de teus signos.que saudade de quando nos falávamos pelo olhar.eu e ele.não durou muito, é verdade.mas que saudade.um disco arranhado foi o mais próximo de sua poesia que chegamos.e umas fotos antigas.antigamente não tinha tanta opção, era mais fácil.ter escolha é mais difícil.não ter um leque de opções também.vira uma liberdade ilusória.ela me falava de prazos.tinha que sair até janeiro.ou fim de março.prazos.disciplina.setting.e se eu deixasse tudo como está e fosse dormir?queria me permitir.ir.não tem de quê.

quarta-feira, 14 de março de 2012

entra na mente...ou num buraco

Os adolescentes que atendo no programa social onde trabalho pensam que psicólogo é "quem entra na mente do cara".

Um dia um adolescente me perguntou se quando estou afim de alguém eu não consigo entrar na mente dessa pessoa para conseguir o que eu quero. E eu respondi, rindo:

- Não... quando eu estou afim de alguém fico tão nervosa quanto vocês adolescentes ou mais, eu fico boba, nervosa, às vezes até patética.

Aí conversando com uma amiga lembramos que pô,nós não éramos assim patéticas. Nós tivemos as inseguranças normais da adolescência, mas éramos mais espontâneas e menos medrosas a um tempo atrás. Até que nos machucamos. E aprendemos algumas coisas, mas resistimos a entender que na esfera dos sentimentos nunca teremos o controle... e passamos a adotar determinados comportamentos patéticos. E quem consegue ser espontaneo nesse mundo hostil lá fora? Tá todo mundo travado! Ninguém mais se joga, todo mundo quer jogar, mas cada um com suas regras. Só que assim ninguém ganha: todo mundo perde.

#sejoga!

sexta-feira, 9 de março de 2012

Saboreando

E por acaso tem como

escrever, escutar, ler, intervir, pesquisar

Desde um outro lugar

Que nao seja EU?

Como se fosse possível neutralizar-se...

E que sentido haveria em

Escrever, escutar, ler, assistir, pesquisar

Sem se afetar? Sem nenhum investimento afetivo?
(Ou, em freudiano chulo, sem tesão)

Portanto, SINTA, ESCREVA, LEIA, ESCUTE, ASSISTA, INTERVENHA, PESQUISE, AFETE-SE!

Ser blasé não é saber mais. É menos vida.

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Escrenaovendo

Queria escrever sobre isto que

me dá medo.

Mas de repente me deu

um medo de escrever!


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domingo, 26 de fevereiro de 2012

Sudamérica e os pés no chao

Mais um verão no Uruguay. Mais 15 dias de férias com um roteiro em castelhano. Mais um carnaval sem pular. Mais um por do sol na Casa Pueblo e mais piscina e muitos dias de dinda brincando com as crianças. Mais um banho de mar para lavar a alma, deixar o cansaço na água salgada e voltar para a areia revigorada, pronta para mais 365 dias de trabalho. Mais alguns dias de viajante, em todas as modalidades...

Carroestradafronteirasecamalasrádiofamiliaamigacachorroportoalegrehoraspuntadelestecasaaerop
ortoaviãoembarquedesembarquedespachamalacarimboidentidadepapelzinhocasarodoviáriaônib
usbotecocervejaleitoviagemhoraspapelitocarimborutaestradacarreterataxicasapraiaestacionamentoar
eiacaminhomarchoclopanchochampanheterminalpuntadelestemontevideocoloniaembarquemicrocolectivo
rutacarreteraterminalpuertoferryriodelaplatafreeshopcafépizzacoloniabuenosairesvinopapelitocarimbodoc
umentoimigracionesllegadaarriboequipajemalabolsascolectivoavenidalibertadorlibertadenfim.

Chegando a Buenos Aires, esta cidade estrangeira que me acolhe com tanto sentimento de pertença, me recusei a entrar na fila do taxi para ir embora do porto e saí caminhando com minha mala de rodinha e minha jaqueta de couro (fazia frio nos bus e no ferry, mas em Buenos Aires me encontrei com o calor que se espera de um verão na Capital) até a parada do meu bus. Senti saudade do meu mochilão, da condição de viajante joooovem aventureira de vinte e poucos anos. Definitivamente, mala de rodrinha e jaqueta de couro patricinha não combinam com aquela caminhada entre grandes avenidas e viadutos nas calçadas vazias de uma metrópole em pleno domingo. De vez em quando passava um ônibus cheio de torcedores do Boca cantando. Liguei o rádio, Boca x Racing, meu coração em conflito. O jogo era na Avellaneda, o Racing o último colocado e o Boca tomando um sufoco. Ora, meu coração é Academia! Aos 49' do segundo tempo o Racing faz o 2o gol e define o placar. Academia 2 x 1 Boca! Por isso que Racing e Gremio se identificam: gostamos de fortes emoções!

Mas minha viagem veio cheia de saudades e nostalgias... Fui embora da praia com desejo de mais praia. Viajei sozinha com desejo de companhia. Logo eu, que tanto gosto de viajar sozinha e tantas vezes fiz esses trajetos surenhos solita! Me acompanhei de wireless e das insistentes indicações de Alice, que me desafiavam a explorar uma Buenos Aires menos familiar, mas cheia de afetos: os sabores preferidos de Chico, os recantos de Palermo que ela mesma descobriu, o sorvete mais tradicional do que o mais famoso, a parrilla conhecida onde nunca comi. Chegar a Buenos Aires no meio de um feriadão, quando a maioria de minhas referencias não está por aqui, é mesmo experimentar-se viajante de primeira viagem. Toda a viagem deveria ter esse ar de primeira vez. Assim como todo o encontro... Deveríamos sempre nos deixar surpreender de novo por cada local e cada pessoa, como nos surpreendem os livros relidos e os filmes revistos...

Que "mais um" seja sempre "um novo"!

domingo, 5 de fevereiro de 2012

De todos os nossos reencontros
Guardo a lembrança daquele
Um abraço apenas
Que nunca nos demos

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

eu, dona de casa VI: existe Azar?

Era quarta feira e era o último dia do Feirão de Móveis que a prima-arquiteta tinha me recomendado. Tinha até as 22:00h pra chegar lá (na zona sul). Antes disso era esperar a Ju chegar e encerrar o orçamento com o Sr. Faztudo (pintar paredes, consertos hidráulicos, instalações elétricas, gesso e o que mais precisar). Um Feirão de Móveis é algo que de uma hora pra outra passou de ZERO interessante a IMPERDÍVEL para mim, que estou mais Dona de casa do que nunca, que estou monotemática, só falo em casa-móveis-luminárias-cores de parede-etc.






Eu tinha uma única chave do meu apartamento. Sei lá o que os ex proprietários fizeram com as demais cópias que eles certamente tinham, mas comigo só ficou uma. Daquelas coloridinhas. E tinha um "jeitinho" para abrir e trancar a porta. Nessa mesma quarta feira eu pensei, no caminho do trabalho para casa, que talvez fosse hora de fazer outra cópia, "mas não agora". E não é que, quando eu e a Ju íamos saindo de casa, fui trancar a porta e a chave ficou presa na fechadura? Já não tinha solução, mas para piorar eu ainda entortei a chave. E o relógio correndo, o Feirão de Móveis com sofás lindos e de ótima qualidade a mil réis terminando... só até as 22h... Chama o chaveiro. Não dá pra sair de casa com essa chave torta pendurada na fechadura pelo lado de fora. Além disso, estou presa para fora de casa. E lá vem o Sr. Chaveiro com sua maleta. Até furadeira usou para abrir minha porta. E trocou o miolo da fechadura. E lá se foram 45min do meu dia e 130 reais do meu bolso. Pelo menos agora tenho duas cópias da chave e não tem mais "jeitinho" e conheci o vizinho do 7º, mas ele é colorado. Corre pro carro que o Feirão vai terminar. Fome. Giro a chave e nada do carro ligar. Luzinha interna acesa...bateria! Pior é que no meu new way of life o carro chega a ficar 48h parado na garagem, e isso é muito para esquecer qualquer luzinha acesa. Putaquepariu. Eu e a Ju só nos olhamos e começamos a rir, porque não era possível. Tanta coisa errada em tão pouco tempo!






Não se deve contrariar O Universo. Se O Universo não quer que eu saia de casa, eu não saio. Vai que eu saísse e cairia um piano sobre minha cabeça, como nos desenhos animados. Eu não duvido.







sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

eu, dona de casa V

Morei durante muitos anos com meus pais: Pai, mãe, irmão, Alba, Platão e eu. Pai, mãe, irmão, Alba, eu. Pai, mãe, irmão, Barbosa, eu. Pai, mãe, Barbosa, eu. Pai, mãe, eu.

Morei alguns anos com amigas: Rebi, Vicky, prima Mãr, eu - Paris. Rebi, paulista louca, eu - Paris. Rebi, alemão louco, eu - Paris. Rê, Cris, Dercy, morcegos, eu - Buenos Aires. Rê, Cris, morcegos, eu - BsAs. Rê, Cris, eu - lo de Lila, BsAs. Cris, eu - barraca, Patagonia. Carina, Ceci, eu - Rivera, POA. Carina, eu - Rivera, POA. Ceci, eu - Rivera, POA.

Morei durante alguns meses com um namorado.

Finalmente, moro sozinha: Eu, Cidade Baixa, Porto Alegre. Eu, Cidade, Alegre. Eu Alegre!

:)


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