la vida no es una frutilla


terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Inusitado

Um encontro de ultima hora
O inusitado sobre a mesa
Sabores exoticos,
Pensamento neurótico em suspenso
Abraço flutuante






Saudade inesperada
Entre os lençois e o travesseiro
A cama parece que cresceu

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

FÉRIAS

É acordar às 14h mal sabendo onde estou, demorar duas horas para se arrumar, e sair de casa pois das 17h sem zaber exatamente aonde ir porque, afinal, são férias, e nas férias não há muitos compromissos.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Desmelancolia

Eu que tudo sei
Que tudo quero
Que tudo tenho
Tudo desejo
Nada perco
Mas nada ganho
Ah se eu terminasse de perder
Se deixasse me esquecer
Se suportasse nao saber
Me livrasse do medo
Ou tivesse coragem de temer
Eu ganharia tanto
Nao possuiria nada
Livre de ilusões eu
Cada um consigo e só
Lado a lado
Sigo, migo, tigo
Eu
Contigo
Sem saber
Sem te ter
Sem temer
Seríamos tanto
Se ignorássemos quando
Se ignorássemos se
Apenas fôssemos
Apenas
Nós
Eu

domingo, 6 de novembro de 2011

Miopia

Acostumado com a gaiola do passado, o coração tal qual passarinho de asas cortadas teme voar portinhola afora. Não teria medo de se jogar, caso avistasse outro passarinho e o convite para voar. Porém, o coração é míope, não enxerga o horizonte alem da gaiola. Só enxerga longe em seu passado, porque esse é terreno conhecido. Conhecido e filtrado pela generosa memória que apaga todo o mal, em defesa da nostalgia. A saudade engana mesmo tão bem que até parece amor... E o coração míope, descrente do futuro, pousa firme em sua gaiola, de costas para a liberdade da portinhola aberta e o vôo dos pássaros no infinito do céu.

sábado, 5 de novembro de 2011

Dançou até o sapato pedir pra parar, e foi embora

Botar a personagem pra dormir, deitar com os pezinhos pra cima,
Pendurar o figurino, e fechar os olhos para enxergar melhor

...

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

SILENCIO


se essa angústia tivesse cura
bastaria
contra a solidão
qualquer companhia
contra a tristeza
qualquer sorriso
contra incerteza
qualquer resposta

domingo, 30 de outubro de 2011

Andava tão feliz

que não queria dormir


para seguir desfrutando
da própria alegria...


terça-feira, 25 de outubro de 2011

394: É tudo integral,ligth ou Diet.

394: É tudo integral,ligth ou Diet.:      
Serviria para ser sereia,algum dia da sua vida seus olhos fixaram-se em direção a um francês,as vezes parece que tudo deu em nada mas esta tudo normal.
  As vezes quando estou só, sinto saudades da minha potranca,coitadinha,se eu pudesse ser a cavaleira da tabula redonda,já teria minha potranquinha,usaria uma espada de prata e um escudo de boas atitudes,e na botinha uma barrinha de cereal...


----- esta sou eu na visão de um dos educandos que atendemos no Programa RS Socioeducativo... O autor de tantas pérolas literárias, algumas já citadas aqui, outras esquecidas em cadernos que lhe serviram de diário em algum momento da vida, e as mais recentes, para a sorte dos leitores, publicadas em seu blog, 394 ------

Eu, dona de casa IV


Odeio vassoura. Desde o tempo das reuniões dançantes, quando tu tava lá dançando com tua paixão platônica, e aí vinha alguém e te entregava a vassoura, ou pior, aquela pessoa de perfume enjoativo com quem tu NAO queria dançar entregava a vassoura pro teu par e tu era obrigado a dançar com a criatura. Ódio da vassoura! Odeio varrer, pra falar bem a verdade. Meu lado virginiano nao é muito chegado em faxinar. Gosto das coisas limpas, claro, mas estou muito mais preocupada em manter cada cd na sua caixinha (que coisa mais obsoleta, "CD") ou cada peça de roupa na sua prateleira/gaveta do que em levantar poeira e esfregar o chão. Mas nao era disso que eu ia falar. Fico impressionada como depois de tantos anos desde a invenção do aspirador de pó, este ainda é considerado artigo de luxo. Ou considerado apenas para a limpeza de carpetes, estofados e carros. Se eu nao puder ter faxineira em casa, quero pelo menos um aspirador de pó! Ou melhor, com ou sem faxineira, quero o pó sumindo pra dentro de um tubo, e nao sendo espalhado pelo ar por uma vassoura.
Eu nao sei essas pessoas que adoram abraçar uma vassoura (devem ter um devir bruxa), mas eu detesto varrer, acho um cansaço desgastante, somado ao ter que fazer entrar a poeira na pazinha - que nunca vai toda - e ainda limpar a vassoura (!!), porque fica tudo grudado nos cabinhos, muito nojento. Tem coisa menos pratica? Nao pode ser que a humanidade resista tanto a evoluir disso. Será que in the United States of América, o país dos gordos e da lei do menor esforço, alguém ainda usa vassoura? Duvido. Deve ter aspirador de pó à venda no shoptime por US$1,99. Nos USA eles nao estão muito preocupados com a Ecologia, é verdade, mas como sabem ser práticos! Imaginem que lá eles só usam panos descartáveis para faxinar. Claro, porque o pior da faxina talvez nem seja o trabalho de limpar a casa, mas a faxina pós faxina: lavar os panos, limpar a vassoura, manter os baldes limpos e secos, guardar os produtos de limpeza em seu lugar, limpar a pá, etc. Assim como lavar roupa nao é tão chato quanto estender e tirar do varal. Nao sei o mesmo vale para recolher a louça do secador, mas tem gente que nunca guarda, já reparou? Meu lado virginiano já nao consegue, empilhar louça molhada recém lavada por cima da louça seca. Mas nada supera o absurdo da resistência da maldita vassoura...

sábado, 8 de outubro de 2011

perucas e soutiens


ligo para o local que é referencia em perucas em porto alegre.
- Jurema Perucas bom dia.

- Oi eu.. ahn... por acaso vocês têm perucas ou apliques para alugar?
- Não, nós trabalhamos somente com vendas.
- Hum. É que eu queria algo assim só para esta noite, nem que fosse um aplique, não tem?
- Não, só vendas. É que nós encaramos a peruca algo assim como o sutiã, entende? Não dá pra ficar emprestando.
- Entendo. E vocês saberiam me indicar um local onde haja aluguel de perucas e apliques?

- Não...
- OK, obrigada.

sutiã, então.



no meu tempo diário era um caderninho
secreto onde a gente escrevia
aquilo que não tinha coragem de admitir
nem pra si mesma e depois
fechava com cadeado


.



sobre el mañanero

'
'

Advertencia:

"La duración del mañanero no debe exceder los 25 minutos de lunes a viernes."


.

ratas

Tiene razón mi amiga Maru:
a veces las mujeres tambien somos ratas.
Muchas veces.
Y lo peor: ratas histericas.



'

terça-feira, 27 de setembro de 2011

eu, dona de casa III

dia de maria. bem caseira. meio mãe, meio marida, meio irmã, meio babá, meio faxineira, meio cozinheira, assim, meio dona de casa. nem dá vontade de ir trabalhar amanhã. ficar com a lilly dormindo "só mais um pouquinho"...

O QUE...

...

QUE

TU


QUER


?

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

pães

quando jesus multiplicou os pães na ultima ceia, um dos apóstolos era francês, e decidiu que seu milagre seria o croissant.

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Eu, dona de casa II



Errar a consistência de uma comida não é errar "apenas" a consistência, é errar tudo! Não adianta consolar com "mas o tempero ficou muito bom", porque sabor não é só tempero. Já reparou como uma fruta pode mudar o sabor conforme ela é servida? Faz diferença servir a banana esmagada ou cortada em rodelas, comer a maçã com a mão, de colher ou garfo e faca, servir a laranja em gomos ou em fatias. 
Um prato se saboreia com a visão, o olfato, o paladar e o tato (adoro pratos que brincam com quente-frio, cremoso-crocante, doce-salgado). E se um desses quatro sentidos não aprecia a comida, já era. Se bem que, vou dar um desconto para o critério visual, pois muitas das minhas receitas preferidas são mais saborosas quanto mais estranha sua apresentação. Um exemplo? Ambrosia. 
Dia desses resolvi preparar um creme de palmito para a janta. Peguei a receita num site chamado "...de salto alto na cozinha". Perfeito para mim! Salto alto e cozinham combinam tão pouco quanto eu e o fogão. Estranho, eu conhecia uma receita de sopa de palmito que não levava farinha, mas todos os resultados do Google metiam farinha na receita, então eu joguei farinha na minha panela também. E eu lá sei qual é a textura cremosa "tipo molho branco" que minha comida tinha que atingir para poder apagar o fogo ou parar de mexer? Fato é que a consistência desejada para meu creme de palmito nunca foi atingida, pois alem de eu não saber cozinhar, usei a cebola picada em vez de ralada, usei farinha demais e liqüidificador de menos, e provavelmente leite de menos também. E provavelmente fogo demais, porque tenho mania de cozinhar em fogo alto e de esquecer as coisas no fogo... De maneira que servi uma espécie de canjica de palmito, ou purê, sei lá. Consistência errada, deixou de ser creme, tampouco era sopa, e não me interessa o quanto digam que ficou bom, fracassei.
 EU NÃO SEEEEIIII COZINHAAAARRRRR PORRA!!! 

terça-feira, 23 de agosto de 2011

terça-feira, 2 de agosto de 2011

memórias

e quando a gente se amava nada importava
a gente não se falava
a gente nem se escutava quando a gente se amava
eu e ele a gente não existia
quando a gente saía não importava aonde a gente ia às vezes a gente não chegava
a gente nem ia
quando a gente se amava tanto fazia se ele não existia
eu inventava

domingo, 31 de julho de 2011

Recorte de MANOEL DE BARROS

XIV

De 1940 a 1946 vivi em lugares decadentes onde o
mato e a fome tomavam conta das casas, dos seus
loucos, de suas crianças e de seus bêbados.
Ali me anonimei de árvore.
Me arrastei por beiradas de muros cariados desde
Puerto Suarez, Chiquitos, oruros e Santa cruz
de La Sierra, na Bolívia.
Depois em Barranco, Tango Maria(oonde conheci o
poeta Cesar Vallejo), Orellana e Mocomonco
- no Peru.
Achava que a partir de ser inseto o homem poderia
entender melhor a metafísica.
Eu precisava ficar pregado nas coisas vegetalmente
e achar o que não procurava.
Naqueles relentos de pedra e lagartos, gostava de
conversar com idiotas de estrada e maluquinhos
de mosca.
Caminhei sobre grotas e lajes de urubus.
Vi outonos mantidos por cigarras.
Vi lamas fascinando borboletas.
E aquelas permanencias nos relentos faziam-me
alcançar os deslimites do Ser.
Meu verbo adquiriu espessura de gosma.
Fui adotado em lodo.
Já se viam vestígios de mim nos lagartos.
Todas as minhas palavras já estavam consagradas de
pedras.
Dobravam-se lírios para os meus tropos.
Penso que essa viagem me socorreu a pássaros.
Não era mais a denúncia das palavras que
importava mas a parte selvagem delas, os seus
refolhos, as suas entraduras.
Foi então que comecei a lecionar andorinhas.

--
Manoel de Barros - Mundo Pequeno - O LIVRO DAS IGNORÃÇAS
[1993]

segunda-feira, 18 de julho de 2011

esqueceram do importante





Antes de começar a escrever sobre o assunto, peço licença à Helena, à Rê, à Lívia, à Cá e às demais colegas do curso de Lady, pois sei que junto com a exemplar professora Z. estarão reprovando minha atitude. Desculpem-me, meninas, mas como a Seleção Brasileira serve como exemplo para muita gente no nosso país, e sei que muitos garotos choraram hoje (especialmente os meninos que erraram os penaltis), acho importante escrever sobre isso e resgatar alguns valores.

(Putz, agora não sei se é mais difícil continuar o post desde a ótica da personagem lady, ou relembrar o que era mesmo que eu ia dizer.)

Ah, sim. Em primeiro lugar, não me surpreende que a seleção brasileira tenha sido eliminada da Copa América (ei, meninas, tive que googlear para confirmar se a competição era mesmo essa!), por um motivo muito simples: Ganso, Pato e Calopsita são aves, e não nomes de campeões. Vejam Ronaldo, Rivaldo, Raí, todos nomes de peso, nomes de jogador de futebol dignos de fazer história! É que os jogadores de futebol hoje se tornaram celebridades, que competem por número de seguidores no twitter e não por número de gols marcados ou títulos conquistados. Não deve ser difícil esquecer do futebol quando os milhões estão garantidos por contratos de 4 anos com algum clube europeu. Depois disso e do penteado que vira moda, o mais importante é fazer uma jogada bonita, é tentar aquele drible tão treinado sobre o zagueiro adversário, é fazer um GOLAÇO. Mas esqueceram-se que na hora do mata-mata, quando o jogo é decisivo, não há espaço para isso. Quando o único resultado possível é a vitória, então não importa como nem quem o faz.
O importante é (simplesmente) fazer gol.



Já dizia um certo baixinho.



:)

domingo, 17 de julho de 2011

right after sunset

Pare para observar sua rotina de trabalho exaustivo e você provavelmente pensará que gostaria de ficar uns dias em casa sem fazer nada, mesmo que fosse em licença saúde e não de férias.
Experimente ficar de repouso em casa por mais de 2 dias e sua saúde mental começará a desandar. Você começará a sentir falta do trabalho, sentirá dor nas costas de tanto dormir ou ficar jogado no sofá, e especialmente, se lembrará de uma série de problemas e afazeres domésticos que estavam muito melhor guardados no fundo da sua psiqué do que aí na superfície. Você provavelmente tentará contato seus amigos, só que seus amigos têm que trabalhar. Então você fará contato com quem você provavelmente não deveria, e certamente se arrependerá depois. Depois de vários dias fazendo nada em casa, nem trabalhando, nem se divertindo com seus amigos, e muito menos bebendo um vinhozinho para enfrentar o frio, você passará a entender os suicidas. E a partir de domingo, a cada entardecer, você sentirá uma depressão profunda, um impulso de cortar os pulsos, uma vontade de dormir eternamente. Você terá plena compreensão de porque as pessoas costumam se matar em dias cinzas, ao anoitecer. E quando pegar no sono, você dormirá até muito tarde - e não é isso que os trabalhadores cansados desejam fazer numa segunda-feira? -, e ao acordar, se sentirá inútil e se deprimirá novamente. É hora de reagir. É hora de a mente obrigar o corpo a se curar na marra. É hora de desobedecer o médico e se livrar das pequenas tarefas domésticas, aproveitar o tempo livre para fazer aquilo que você nunca faz, enfim, é nessa hora também que você lembra daquele livro que poderia ter lido nos momentos de sofá. E quando a licença médica começa a ser finalmente benvinda e divertida, é hora de voltar a trabalhar.

Relato de uma doente.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

O Melhor Comercial do Ano



Pra você que gosta de publicidade
Pra você cujo filho não sabe se comportar em supermercado
Pra você que "esquece" de botar a camisinha
Pra você que nunca tem camisinha na bolsa
Ou na carteira
Ou na gaveta
Pra você que não gosta de usar camisinha
Pra você que não acostuma
Pra você que não sabe usar camisinha (como assiiiim?!)
Pra você que não consegue usar (como assiiiim?!)
E pra você que usa
Que cuida
Que ri
Que já esqueceu
Que já tirou
Que já usou todas até acabar
Que morre de medo
Que relaxa
Que parou de usar porque queria ter um filho pra comprar todos os bombons que ele quiser no supermercado

Melhor comercial, né?
;)

sexta-feira, 1 de julho de 2011

feedback



Tinha uma época em que todo mundo no trabalho (todo mundo = colegas, educandos e funcionários de outros setores) vinha me falar da minha cara de cansaço, de sono, ou "abatida", mesmo eu estando bem e tendo dormido bastante. Também tive a oportunidade de ouvir de alguns educandos que sou "muito séria", que fico muito concentrada no computador quando estou escrevendo (comportamento que a colega Carol descreve como autista). Minha colega mais próxima frequentemente me dá feedbacks positivos sobre meu trabalho, pois temos muitas afinidades na forma de intervir. E os mesmos adolescentes que se queixam da minha "ladaia", são os que fazem questão de ser atendidos por mim e não por outro técnico.
Mas hoje recebi um feedback no mínimo curioso. Chegando na minha sala às 8h32, atrasada, com um copo de mocachino da Nescafé e um saquinho da padaria contendo um croissant quentinho, encontro um adolescente sentado à mesa do café, fazendo origamis. Antes que eu revele o conteúdo do saquinho da padaria, ele diz "a senhora tem cara de que gosta de comer coisa que engorda". Como se aquilo em nada afetasse meu complexo de gordinha, respondi que Sim, adoro comer porcaria mesmo, mas como assim coisa que engorda? "Tipo xis', responde ele. Não, até que xis nem tanto, eu ando comendo é muito doce, tipo chocolate. "É um vício que nem droga né?" É, tipo droga... "Eu conheço uma senhora que vendia tudo que ela tinha pra comprar chocolate. vendeu tudo, até os móveis da casa;[pausa dramática] só pra comer chocolate".




=|

quarta-feira, 15 de junho de 2011

eu, dona de casa I



porque cozinhar tem que ser divertido, colorido e...

...pré-pronto!

#donadecasatabajara

:

quarta-feira, 8 de junho de 2011

donos da verdade

TIPINHOS DE HOMEM OU CORRA LOLA,CORRA

Tudo bem, bravas fêmeas, os homens são todos iguais, já sabemos, blablablá.

Alguns, no entanto, são bem mais perigosos que os outros. Em mais um serviço de utilidade pública, este cronista de costumes expõe o seu varal. Eis alguns tipos, noves fora a categoria metrossexual (já devidamente batida) que merecem cuidados especiais:

Homem-bouquet – aquele macho que entende de vinhos finos, abre a garrafa, cheira a rolha, balança na taça, sente o “bouquet” da bebida... O tipinho não perde um programa do Renato Machado no GNT, entra em sites franceses do gênero, reúne os amigos para encher o saco com o tal bouquet... Mais uma advertência: o mesmo elemento costuma apreciar também o que ele chama de um bom jazz, uma “música de qualidade”... Corra, Lola!

Homem-hortinha _ Aquele mancebo que, ao receber as moças elegantemente para um jantar, usa o manjericão cultivado na própria hortinha que mantém no quintal ou na área de serviço. Cultivar o próprio manjericão não é exatamente o defeito do rapaz. O problema é que ele passa duas horas a discorrer sobre o cultivo da hortinha, os cuidados, o zelo... Uma amiga, coitada, conheceu um destes exemplares que cultivava até a própria minhoca usado como “fator adubante” da própria hortinha. Corra, Lola, corra, corra!

Homem-do-predinho-antigo _ Aquele sujeito que ou é gay ou é um metrossexual enrustido. E o pior não é habitar um predinho antigo. O que mais dói é quando ele pronuncia, como toda a afetação desse mundo, que mora num “predinho antigo, charmoso”. Você entra lá, leitora do meu coração, e avista logo umas revistas chiques estrangeiras espalhadas pela sala, tipo “ID”, “Wallpaper” e quetais. O cara entende de iluminação indireta, tem cada abajur, Deus mio! Corra léguas, Loolaaaaa!

Homem-Ômega 3 – Trata-se do camarada-saúde, preocupado em combater os radicais livres e encher o saco da humanidade com as suas receitas, dietas e bulas. Adora um salmãozinho, que ele pronuncia “salmon”, claro, como os mais frescos exemplares da raça.

Homem-ONG – O sujeito oenegê é o que há. Todo politicamente correto, benza-te Deus. Adora um abaixo-assinado, uma passeata, e está sempre morto de decepcionado com alguma coisa. Sim, ele acredita na humanidade, na responsabilidade social, no terceiro setor, na arte como redenção dos pobres... Se você reparar, leitora do meu coração, ele quase levita, de tão puro, de tão bom. Some, Lola, some que é roubada-mor.



Escrito por xico sá às 09h15 [http://carapuceiro.zip.net/arch2008-03-02_2008-03-08.html]
::

terça-feira, 7 de junho de 2011

Então é isso. Chega perto dos 30, trinta e poucos, e a questão de todo mundo é a mesma: o Amor. Que porra é essa? ninguém sabe, mas todo mundo espera que seja a salvação para os dilemas mundanos da vida de solteiro:

- a qual festa ruim ou atrolhada ir sábado à noite?
- com quem dormir sexta à noite?
- quanto vou gastar este fim de semana?
- será que ele vai ligar?
- como despistar aquela pessoa que se apaixonou e que não quero?
- por que quem eu quero não me quer?
- será que também vou casar e ter filhos um dia?
- to ex or not to ex?


????

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Os ignorantes é que são felizes

Menina culta aprendeu a ler cedo, teve acesso a todos os filmes e peças de teatro que quis,

Passou a infância relendo conhecidos contos de fadas.

E quando moça,

Pôs-se a beber e comer tudo o que dizia ‘coma-me’ ou beba-me’, na esperança de ficar gigante ou pequenina como Alice, mas só fez engordar.

Entrou em tudo quanto era buraco à procura do coelho branco, mas de branco só tinha pó, e pó não levava ao país das maravilhas.

E obviamente, passou a beijar tudo quanto era sapo que aparecia pela frente, mas nenhum se transformou em príncipe.

Para falar a verdade ela conheceu alguns príncipes... que acabaram se transformando em sapo.

Menina culta, dos sutiãs queimados e da luta por igualdade, paga analista para aprender a ser mulher.

Feliz é a nova geração, cujo príncipe é Shrek. Assim quando chegarem aos 30 não esperarão muito mais do que um ogro.


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