la vida no es una frutilla


sexta-feira, 10 de setembro de 2010

silêncios

lá longe, no horizonte, cada um enxergava uma coisa diferente. iam lado a lado aproximando-se de um destino incerto, cada um mirando em frente um horizonte diferente, na mesma paisagem. para ela, o sol estava se pondo cedo demais ainda. para ele, o sol já estava se pondo mais tarde. ela enxergava o céu violeta acima do laranja, e sorria pensando que aquele céu limpinho de nuvens significava mais sol amanhã. ele sentia os olhos ardendo por causa daquela luz amarela que vinha direto nos olhos, os raios de sol na horizontal bem em frente, e se perguntava quando será que vai chover, para que termine esse calor úmido e abafado. ela pensava como ficaria linda uma foto com aquela luz. ele pensava como a paisagem estaria mais verde se tivesse chovido mais este ano. ela cantarolava em silêncio alguma música, ele escutava em silêncio o canto dos sabiás. primavera, comentaram entre um suspiro e um sorriso. e seguiram em silêncio. ele desejava estar presente no silêncio dela, ela sabia que o silêncio dele era amor. assim como o dela.

Um comentário:

A cega do Castelo disse...

Super...Senti junto, também em silêncio, mas estava aqui sentindo o silêncio dos meus e pensava que a sensação de que o sol era forte no olho do outro, era porque ele não suportava mais a entrada da intensidade. Será que pode mesmo ser amor? Tomara!

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