la vida no es una frutilla


domingo, 9 de janeiro de 2011

sex and the city na vida real XVII - choque cultural

Eu lembro quando tínhamos 11, 12, 13 anos de idade (talvez 14, 15, 16...). Qualquer coisa era muito engraçada, e qualquer coisa muito engraçada era motivo para gargalhadas, e qualquer gargalhada era risco de... fazer xixi nas calças. Isso mesmo, minhas amigas e eu literalmente nos mijávamos de tanto rir. Não tínhamos tantas angústias, naquela época. Uma das maiores preocupações era a vergonha de estar mijada quando isso acontecia no colégio ou em alguma reunião dançante.
Superada essa fase de adolescencia permeada por um quê de infancia, nós todas namoramos,quase casamos, nos separamos e amadurecemos. Entre os 15 e os 17 anos, tomamos os primeiros grandes porres, dizem que dormi com os cachorros de Garopaba, que fulana beijou beltrano, que não sei quem saiu correndo pelado no meio da estrada. Houve, tardiamente, um episódio em que uma amiga, num acesso de gargalhadas, não conseguiu segurar a dor de barriga, e por sorte não era mais criança, senão a vergonha a teria afastado daqueles amigos para sempre.
Mas não faz muito tempo, uma delas bebeu muita cerveja numa festa e foi surpreendida por um descontrole daqueles durante uma gargalhada. Estava flertando com um londrino amigo do amigo, tentando acompanhar o ritmo de pints dele, mas seu corpo não acompanhou. Disfarçadamente saiu em direção ao banheiro, antes que escorresse o xixi pelas pernas, e lá ficou por um bom tempo, lavando a calcinha. Foi então que se deu conta de que a calcinha úmida apareceria através do vestido, decidiu guardá-la assim mesmo, molhada e ensaboada, na bolsa (fosse uma calcinha velha ela teria jogado no lixo). Lembrou que o sutiã combinava com a calcinha, e que de nada adiantava proteger os seios se a pererece já estava destapada, então tirou o sutiã e deixou a lingerie completa guardada na bolsa, que era pequena e quase não fechava, de maneira que a alça do sutiã ficava caindo pro lado de fora.
Saiu do banheiro atrapalhada, um pouco de vergonha e um pouco de safadeza... de alguma forma aquela nudez por baixo do vestido a deixou mais confiante, sentindo-se a bolachinha mais recheada e sensual do pacote. Foi atrás do londrino que a esperava ao lado da porta do banheiro, mas ela nem viu, tanto quetentou disfarçar. Decidiu ir embora com ele, jurando que ele ia enlouquecer quando descobrisse que ela estava sem lingerie. Tiveram uma noite normal, até meio morna: ele não deu a mínima pra pexereca descoberta dela, e ela ficou até sem graça diante da indiferença dele.
Sabe como é, na Europa mulher nenhuma usa sutiã (muito menos silicone). E calcinha é acessório opcional. Quem curte esse negócio de mulher sem calcinha é brasileiro. Europeu gosta é da variedade de calcinhas e sutiãs coloridos/pequenos/transparentes/divertidos/sexys/etc. que só as brasileiras se preocupam em usar.




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