la vida no es una frutilla


domingo, 1 de maio de 2011

"pequenininha" ou "estranho familiar"

parece que tem um bicho caminhando por dentro do meu corpo. sinto o sangue correr pelas veias numa velocidade e temperatura desconfortáveis, de um jeito que causa estranhamento. não é uma sensação boa nem ruim, é uma sensação de reconhecimento da própria vida, de tudo o que se passa lá dentro. lá dentro quer dizer no coração, no corpo, na pele, na cabeça, no inconsciente, na consciência, no registro dos 5 ou dos 6 sentidos. sinto a variação da frequencia cardíaca. sinto sono e agitação ao mesmo tempo, cansaço físico com energia transbordando. me sinto tão viva e ao mesmo tempo tão pequenina. o que me conforta é o mesmo que me amedronta. parece que tem vários bichos caminhando por dentro do meu corpo, pra dizer a verdade. como se todas as células tivessem resolvido acordar ao mesmo tempo, como se elas estivessem se movimentando com mais intensidade, produzindo o seu máximo. ou o contrário, como se elas estivessem adormecendo, diminuindo, e por isso sinto um frio que vem de dentro pra fora. não estou com as mãos ou os pés gelados, mas sinto um frio por dentro...tenho arrepios profundos, como uma mudança de temperatura da alma. mas qualquer mudança na alma que seja sentida no corpo é sentida com a adrenalina de ter tanto mais vida para viver. inquietude que é potência.

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