la vida no es una frutilla


quarta-feira, 5 de setembro de 2012

vinteepoucos



quando a gente tem vinte e poucos anos tudo parece mais simples. não tem mais aquela ansiedade e aquela complicação da adolescencia. tudo é mais simples. aos vinte e poucos a gente tem o mundo ao alcance. de fato, todos nós fizemos aquela viagem aos vinte e poucos. sinto saudades de não ter medo. depois de um tempo algumas coisas vão deixando de ser tão simples, o comprometimento e a responsabilidade aumentam. ter vinte e poucos é estar apaixonado. é quando não se tem vergonha, não se está nem aí. sinto saudades de desconhecer o perigo, de simplesmente acreditar. é a idade da leveza, a idade de apostar e seguir.  aos trinta e poucos a gente tem muito mais ao alcance, mas muito a perder. as consequencias são mais graves. e a gente quer consequencias graves! aos trinta, como é bom ter com o que se preocupar! é a insustentável leveza do ser.  saudades de não ter cabelo branco, de não precisar se maquiar diariamente, de emagrecer muitos quilos em poucos dias, engordar muitos dias em poucos quilos, correr quilometros em poucos minutos, contar os minutos por calorias.  
sinto falta. 
mas, pela pequena amostra de vida balzaquiana que tive até aqui, já tenho tranquilidade em dizer... que se aos vinte e poucos a gente acha tá vivendo o melhor da vida, aos trinta a gente sabe.
e até essa saudade da década que passou é boa.



;)

Nenhum comentário:

Total de visualizações de página