la vida no es una frutilla


quinta-feira, 2 de abril de 2009

A insustentável leveza do ser II

a espera pesa
o peso desespera
alta pressão atmosférica
dias de calor pré-chuva

a leveza chega
sorriso alegre
boba ignorância
a leveza ignora
a leveza é agora
carpe diem
leve e pobre

o valor do peso
18 quilates
pendurados no pescoço
ou roubados do bolso
seja ganho ou perda
vale ouro
ou choro

dias de sol no outono
a leveza do vento
o calorzinho do sol
que não queima
uma chama acesa
brasa
um abraço
aconchego

o peso das palavras medidas
letras de chumbo
medo das conseqüências
insegurança
desconfiança
desesperança
ou pior
expectativa*

comida leve
alface e broto
dieta da sopa
blusas curtas
sem barriga
e fome
leve não come
de tão leve, some

*no wordreference: " 'expectativa' también aparece en estas entradas:
Português:
expectar - moita"




Kundera. Quem dera.

10 comentários:

Unknown disse...

Mazá!
Monsieur Kundera sabe tudo de tudo!
Saudade dele!

Anônimo disse...

é mesmo, rebi. saudade dele. a canga reclamou que eu não faço mais comentário aqui. taí. meu comentário é concordar com o teu. saudade do kundera lido deitada na areia da praia da guarda.
bjos pra vocês

Anônimo disse...

fiquei afim de fazer mais um comentário. mas esse não tem nada a ver com nada, a não ser com o que acontece do lado de fora da minha janela. é que, em brasília, nunca chuvisca. nunca tem aquela chuvinha fininha. sabe aquela que sempre tem no inverno, em porto alegre? aquele dia cinza, úmido, com aquela chuvinha fininha? pois é. aqui é ou céu totalmente aberto e sol ou chuva torrencial. quando chove (e ainda é época de chuva) é sempre chuvarada. acho isso muito estranho. parece filme.

Donnassolo Beschi disse...

adorei o poema, meri, muito. e kundera me lembra vcs aí de cima que me apresentaram "o" cara. to lendo Ignorância e putz, ele se confirmou muito foda. saudade de vcs, gurias.

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
rebi disse...

idem pra saudade
e sobre a chuva...se tu pensar, brasília é toda artificial. a chuva não poderia ser diferente.
me ocorreu agora essa.
aliás, passagens compradas pra visitar o teu apê sem ti (rita).:(

Super disse...

A-DO-RO essa bagunça no meu blog!
saudades de voces reunidas ao vivo aqui pertinho de mim...

alice disse...

ai, isso de chuvisco na janela. aqui no Rio quase nunca acontece. quase.
dia desses choviscou (depois de torrenciar)e eu quase senti aquela melancolia que só se sente em porto alegre. porque aqui no rio o que se sente é tristeza, e não melancolia, que são duas coisas muito diferentes. ouvi um vitor ramil que cantava "chove na tarde fria de porto alegre..." e me alegrou me dar conta porque, afinal, "porto alegre me dói".

Anônimo disse...

ainda penso em você

Anônimo disse...

Esse anônimo aí de cima NÃO SOU EU. Pq eu sou uma anônima muito identificável. Adorei que o meu comentário da chuva rendeu conversa. E a Rebi tem toda a razão. A chuva aqui só podia ser assim. Será que a Clarisse Lispector tb se deu conta disso? Ela, que descreveu toda a artificialidade de Brasília, percebeu que até a chuva parece inventada. ATÉ A CHUVA!!! Cara, eu preciso dar um jeito de me acostumar a viver aqui... E, mudando de assunto, nao consigo acreditar que a Rebi vem na minha casa e que eu NAO VOU ESTAAAR! E por uma semana... É muito surrealismo junto!
Ah! E a palavra código do coment no blog da vez é, acredite se quiser, BILATERS. Quer dizer: referente a bilateral, dois lados. Palavra largamente empregada no campo da política externa. Refere-se à relação entre duas partes, geralmente dois países. beijos pra todos. recuperei meu blog.

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