la vida no es una frutilla


quinta-feira, 2 de abril de 2009

A insustentável leveza do ser

Me leve, tão leve
que nem se percebe
E vai de leve
que a vida é breve

Te arrasto, teus rastros
Tão raros tão rasos
Que pesam - pesa
A vida dura

Me deixe, leve
que eu nem perceba
Se vem, se vai
Se vou, se fico

Te puxo, arranho
Arranco algum querer
e algum sofrer...
Permanência

Me esqueça, ou recorde
mas que seja indolor
Sem compromisso, leve
Me preserve, reserve

Te peço, e confesso
não esqueço, teço
cada sentença
precisa, calculada

Me escreve, e segue
descida - vento na cara
Não deve, não teme
é livre, é neve - derrete!

Te aqueço, sufoco
suor, calor e tira a roupa
Estremeço, revoada
É sempre recomeço

.

2 comentários:

Carol ZB disse...

=) adorei!
saudade dos teus poemas, bilhetes, das nossas conversas e dos almoços... tá, saudades de ti, mesmo, hehe! te adoro, querida! bjs

carol de marchi disse...

Dia desses tava mesmo relembrando a época que li o insustentável. Tinha menos de 15. Deu vontade de ler outra vez, porque quando a gente é recém-mulher, virgem de sexo e relacionamento, verde da vida, o kundera desce cheio de espinhos, meio amargo. Eu me perguntava: mas POR QUE ela fez isso? Que mina estranha. Às vezes relia páginas, de tão lindas e bizarras elas me pareciam.
Já hoje, a leitura seria diferente...

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