la vida no es una frutilla


segunda-feira, 15 de junho de 2009

bah a noite tava triboa

Eu preciso encontrar
Um lugar legal pra mim
Dançar e me escabelar
Tem que ter um som legal
Tem que ter gente legal
E ter cerveja barata
,
Um lugar onde as pessoas
Sejam mesmo afudê
Um lugar onde as pessoas
Sejam loucas e super chapadas
Um lugar do caralho
.
Passar um único fim de semana na minha cidade, aquela experiência do estranho familiar. Ser estrangeira no próprio lar. No meio de toda a programação burocrática e familiar, os almoços e os encontros, uma crise de rinite somada a um resfriado (a pessoa-ranho), mas o corpo há de aguentar - e curtir! - uma noite forte. Sábado tem Pulp no Ocidente. Se dopa de remédio e vai. Direto pra chapelaria, a pista nova ainda nem abriu, a galera bebendo em volta. Visualizo um trapézio pendurado ali em frente ao globinho, um número pra distrair o povo enquanto a festa não lota. Jura que não vai beber, mas quando vê já foi, automático, alguém largou um copo cheio na minha mão. Não resistiu à ceva, não resistiu às músicas - o corpo dançou a noite inteira. Cenário Ocidente: aquele monte de amigos. Todas aquelas caras conhecidas. Muitos abraços. Impossível não comparar com o público de Buenos Aires: aqui mulher demais e homens não tão lindos, mas esse clima daqui... ah, esse clima! Enfrenta a multidão e vai pra pista de cima. Madonna, Vogue. Busca a Lica. Dançam todas as gurias enlouquecidas. Um pouco de música eletrônica não convencional. Água para hidratar. O corpo se entregando. Volta pra pista de baixo, menos gente já a esta hora. Eis que comparece à festa um ilustre convidado: Frank Sinatra. Ele procura seu olhar, é a hora perfeita pra chegar nela. Alicinha e eu num outro olhar, desnecessário pronunciar que 'bah, isso é muito bailinho!'. Dançamos alheias a tudo ao nosso redor, transportadas para outro lugar, aquela festa apaixonante no Rio. Me arrepiei. Imaginei una rutina de trape com trilha sonora by Mr. Sinatra, um belo objetivo. Terminada a música, estou nostálgica confessando pra Lica que a saudade apertou aqui, ó. Mas a festa não acabou, e depois do Frank tocou Júpiter Maçã, Um Lugar do Caralho, e nada mais porto-alegrense do que 'um lugar onde as pessoas sejam muito afudê', e naquele momento um lugar do caralho pra mim era em Porto Alegre, e era aquele 'o lugar e o alguém que tornarão-me mais feliz'. A nostalgia deu lugar a uma explosão de alegria por estar aqui e agora, apesar dos ranhos. Tinha até esquecido deles. Lá pelas 5h o corpo pedia socorro, pedia repouso. Mas aí só mais uma espiadinha na pista de cima e aquela música impossível de ficar parada. Aí só mais uma saidera. Aí as gurias insistindo só mais essa, e outras três. Amo!

3 comentários:

Anônimo disse...

hahaha. adorei, prima! e me emocionei contigo...
primo

carol de marchi disse...

que deliciaaaaaaaaaaaaaaaa

IN cômoda disse...

...reextraño esa portoalegría...
beso!

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