la vida no es una frutilla


terça-feira, 30 de junho de 2009

Gripe Porcina ou Viúva Suína (a viuva perdeu o acento também?)


Hablemos de la Gripe A.
Muito antes de o Lula desencorajar os brasileiros a viajarem para os vizinhos Argetina e Chile, e de São Gabriel virar foco dA Gripe, aqui na Argentina já era paranóia nacional, só que o bode, ou porco expiatório era o México. Porque sempre tem que ter algum lugar onde as coisas estão piores do que em casa, certo? Sempre há algum outro governo que manejou mal as coisas e por isso hoje nós padecemos. Enfim, aqui houve uma explosão inicial de paranóia, com mortes, confusão no aeroporto, máscaras esgotadas - tiveram que estabelecer que os hospitais tinham prioridade na compra das mesmas -, empresas suspendendo o trabalho por causa de um funcionário gripado, essas coisas que começam a acontecer no Brasil agora. Um taxista me mostrou que tem um spray desinfetante que passa no carro depois que sai cada passageiro, e que usa alcool gel nas mãos cada vez que mexe em dinheiro. Eu to evitando andar de bus mas quando ando abro a janelinha e ainda fico com a cara dentro do lenço ou manta (não tenho máscara), respirando o minimo possível. E tento não tocar em nada e se toco não me toco, e haja alcool gel, um tubinho por semana. Se a gripe fosse felina, aí sim estávamos fodidos: aqui na capital Portenha há gatos em todos os hospitais. Eles costumam circular apenas pelos pátios dos hospitais gerais, mas no Ameghino (onde eu trabalho), que é um centro de Saúde Mental, eles são os donos do campinho, das cadeiras, dos embaixo-das-mesas, das janelas. Bueno, seguindo: então vieram as eleições aqui na Argentina, e as notícias sobre a Gripe deram lugar aos debates políticos e pesquisas eleitorais, e a ninguém convinha esse negócio de impedir aglomerações de gente, e a alguns especialmente não convinha declarar estado de emergência e calamidade antes das eleições, saca? Eis que a apuração dos votos termina, e imediatamente após, várias localidades argentinas entram em estado de emergência sanitária, as escolas fechando uma ou duas semanas antes das férias, as faculdades de Medicina e Odonto fechando, e eu queria ir ao teatro ver meus vários amigos que se apresentam em espetáculos diferentes, mas teatros e cinemas são lugares fechados com aglomeração de gente, ou seja, a serem evitados. Eu não tenho medo de morrer de gripe suína, pelo que entendi ela só mata pessoas que já tenham alguma doença prévia, é uma gripe mais fraca que as outras, só que com um poder de propagação muito rápida. E o perigo maior é ela se misturar com um virus forte e aí sim, virar calamidade mundial. Parece que aqui já há casos de Gripe Suína Mutante. E tem um canal de TV, o CronicaTV, que é tipo "Aqui & Agora" (lembram do Gil Gomes?) que mantém um contador do número de mortes pela gripe porcina no canto da tela. Só nesta tarde já passou de 38 para 40. O que me preocupa são os Mutantes. Mas sigo vivendo, me cuidando como mandam as mães - abrigando-me bem, alimentando-me bem, dormindo bem quando possível -, mas sem paranóia, senão não vivo. Alcool gel na bolsa e vambora!
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PS: to por fora da Reforma. A viuva perdeu o marido e o acento, o da paranoia também caiu (o acento, nao o marido), e a emergencia? Correções nos comments, please.

Um comentário:

Amanda da Silveira disse...

Olha, hoje em dia, tem umas viúvas por ae estão bem conservadas, acho que elas continuam com o "acento" delas, viu?


Assim como o gaúcho também, apesar de toda a pinta de macho, não abriu mão de seu "assentinho" tb... kKkKKk

:*
Péssimas.piadas@amanda.com.br

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