la vida no es una frutilla


terça-feira, 9 de março de 2010

de baratas ou cucarachas

Situação I - um date

Se conheceram numa tarde, ou manhã, de domingo. Ou sábado, ou segunda-feira. Era carnaval, isso com certeza. Fato é que seguiam o mesmo bloco e frequentavam os mesmos banheiros químicos, e nessas idas ao banheiro, em que se separavam dos amigos, encontravam-se, beijavam-se e conversavam brevemente. Numa dessas, antes ou depois do xixi, trocaram telefones. E no final da quarta-feira de cinzas, ou na quinta, ele ligou. Combinaram de sair. Em princípio era cinema, mas preferiram conversar e beber chope, ou cerveja, perto de casa. Coincidencia, estavam no mesmo bairro. Ela era estrangeira, detalhe importante. De repente, entre um gole de chope e uma batatinha frita, gritou estridentemente e subiu na cadeira, causando uma correria na calçada onde estava a maioria das mesas. O escândalo estaria adequado para uma invasão de ratos, não para uma barata solitária que ainda por cima andava devagar com uma das patas já pisoteada. Certamente não era australiana (a garota), percebeu-se pela sua falta de intimidade com a cuca (na Austrália dizem que há um problema sério de proliferação de baratas). O bar perdeu algum dinheiro na correria, ele quase perdeu a gata. Levou-a no colo até o carro - heroica sedução - convenceu-a a ir para sua casa. Entrando em casa, porém, foram recepcionados por uma dupla de baratas-tontas (tinham comido veneno e vinham morrer por ali). Ela nunca passou da porta. Nunca mais saiu com ele. Apparently, ele atraía as baratas.

Situação II - reunião psicótica

E no meio da discussão de um caso grave, paciente complicado, eu, que estava de frente para a "plateia" do auditório (já que é sintoma naquela instituição as pessoas não gostarem de sentar em círculo), avisto uma barata correndo entre os pezinhos das colegas à minha frente. A sorte é que, decerto por causa da chuva (certamente não por frio, pois o calor sege infernal em Porto Alegre), a maioria estava com os dedinhos protegidos por sapatos fechados. Algumas pessoas continuavam falando seriamente sobre o paciente em questão, enquanto eu segurei o riso o quanto pude diante da cena: a barata sendo avistada e perseguida pelos colegas na plateia (um sapateado com perseguição, que tentavam manter a discrição e matar a barata, sem sucesso em nenhuma das coisas), e o fato sendo ignorado pela nossa chefe e mais meia dúzia de pessoas à frente da plateia, por onde la cuca não passou. Só naquele auditorio mesmo...

2 comentários:

alice disse...

sorry, ando ausente desse espaço.
do meu blog, o que é pior.
adorei a da barata.
beijinho beijinho, bye bye!

Super disse...

dia seguinte. abro a porta do auditório e dou de cara com ela, patinhas pra cima, dead.

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