la vida no es una frutilla


terça-feira, 2 de março de 2010

folionas foleãs

todos os dias, elas saíam cedinho da cama com ajuda do calor e do sol que perfurava a veneziana, e começavam uma transformação diferente. ajudavam-se: costura aqui pra mim?, me pinta de marrom?, também quero glitter!, ficou direito?, usa isso aqui!, deixa que eu amarro pra ti., tá bom assim?, tá linda!, tá engraçadíssima!, tá ótima!. todos os dias, o café da manhã precedia os primeiros goles de cerveja, e almoçar era luxo. todos os dias, não fosse a cerveja e a malícia no olhar, eram criança outra vez: entravam na fantasia, pulavam na brincadeira, andavam rindo à toa apesar do calor, apesar das ladeiras, apesar dos kilômetros andados em passo de patinho. todos os dias, perderam a vergonha e a pressa, deixaram-se levar. jogaram(-se) a cada dia. também cuidavam-se umas das outras, era necessário passar protetor solar e beber água. fotografaram-se. telefonaram-se. perderam-se. (re)encontraram-se. no último dia, a euforia superou o cansaço e as noites de pouco sono. depois de 3 dias de descanço, continuaram porque ali ainda era carnaval... mas elas, elas tiveram que partir - o coração partido -. é que do rio é impossível ir embora sem ficar com aquele gostinho de quero-mais.

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