la vida no es una frutilla


quarta-feira, 5 de novembro de 2008

madrugando

O texto já tá ali escrito, minimizado na tela aguardando correções e cortes. Tem que podar o texto que quis dizer mais do que cabia. Tirar fora aqueles galhos que queriam falar mas não tiveram minha atenção. Essa parte que parece a mais simples é a mais complicada. Queria poder sempre escrever de uma, surtos de inspiração, sem rodeios. Se pudesse, nem me dava o trabalho de reler. Criei o blog com essa fantasia, mas até aqui me vejo voltando, apagando, corrigindo, acrescentando ou tirando letras e idéias. Quinze pras quatro da madrugada e word minimizado. Em vez de abrir um livro de poesia, circulo por espaços virtuais amigos, alimentar-me da inspiração alheia. Pode ser que eu não seja a única online agora, e isso é reconfortante. Tão reconfortante quanto seria mais uma xícara de café com leite, mas faz muito calor pra leite quente. Escuto os morcegos com surpresa, pois hoje ligamos o ar-condicionado, como é que eles continuam ali? O teto da sala que era branco agora tá todo pontilhado de insetos que foram atraídos pela luz. Seria a festa das lagartixas, se as tivesse. Eu gosto de ter lagartixas nas paredes de casa. Me sinto mais segura com elas do que com os mosquitos, as traças ou os cupins. Temos um problema sério de traças nos armários. Traças metidas a besta, têm preferência por roupas novas. Minha cabeça dói, junto com as costas que já não têm posição confortável pra digitar e os olhos que se querem fechar. Podar o texto e dormir. Podar, cortar, corrigir. Aceitar as limitações minhas - não se pode escrever de tudo sobre tudo, mesmo dentro de um contexto - e as da consigna que diz que a página não é divã, não é lugar pra associação livre. Faz um recorte e desenvolve só esse pedacinho. Pode até ser poético, mas não em forma de poesia.

Tá, vou ler só mais uma do Carpinejar e já volto pro texto. Pros galhos soltos. Salvar eles em outra pastinha, que não seja a Lixeira. Nome do arquivo: "quase_".

Agora que compartilhei o difícil da minha tarefa, levo só metade do peso. Gracias, sabia que podia contar contigo - querido blog.

5 comentários:

alice disse...

terminou?

Super disse...

siiiiiiiiiimm!!!

Anônimo disse...

rebeca! To tentando tem ligar desde quarta! Atende o telefone, please! Ou me liga, deixei numeros com a tua mae. Beijo para ti e para a canga, já que ela acha que esse blog ainda e dela. Rita.

Super disse...

outro pra ti, rita

Unknown disse...

Ahhhhhhhhhhh. É tu que me liga de um 61.
Putz, vou atender, liga de novo!

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