la vida no es una frutilla


quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Viver é uma aventura. Até quando tu vai dormir cedo numa segunda-feira.



Quase não chove e faz muito calor em Buenos Aires e as nuvens estão sempre aí pra dar aquele peso de umidade sem vento ao ar. E a vida aqui é sem Fiestinha, é caminhar ou tomar o busão lotado, e haja monedas pra tanto busão. O nosso apê é tribom, arejado, mas tão arejado que se chega a ter vento e a gente deixa tudo aberto as portas batem e as coisas voam, ou pode quebrar a janelinha do banheiro numa porrada dessas. E tem um belo dum ar condicionado split na sala, onde os morcegos fizeram seu ninho durante o inverno. Um belo dum ar-condicionado que já usamos várias vezes. Até anteontem.


Anteontem eu tava finalmente pegando no sono quando a Cris me acorda num salto acendendo a luz e quando vejo o ar-condicionado tá JORRANDO água pra dentro de casa, ali na prateleirinha dos livros onde deixamos os notes quando não estamos usando. Tá jorrando água no computador da Renata, no Seminário 10 (Angústia), nas Obras Completas de Freud, nas malas cheias de roupas de inverno que ficam sob a prateleira. Nada de mais. Corre-corre, pano seco, pano molhado, toalha de rosto no chão, pano de chão na prateleira, livros pra cima da cama, notes pra cima da mesa, secador de cabelo neles, são 2h30 da manhã, eu só queria dormir.....


Pior é que se a Cris não estivesse acordada eu teria seguido em sono profundo com um sorrisinho de canto na boca ainda, sonhando que delícia, tá chovendo finalmente.


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